A agricultura familiar não pode ser confundida com produção de subsistência.
A agropecuária de menor porte, incluindo a familiar, é a responsavel pela maior parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros, seja "in natura", como processados.
Qualquer que seja o produto da agricultura familiar ela precisa ser produtiva e competitiva. Não deve continuar sendo tratada como uma questão social, mas uma questão econômica, com forte impacto social.
A manutenção das políticas públicas de caráter social, tem objetivos políticos e não econômicos.
Essa é a razão pela qual a agropecuária nordestina, onde há o maior volume de unidades de agricultura familiar, se desenvolve lentamente, permanecendo sempre na dependência dos benefícios promovidos pelo Estado, intermediado pelos políticos.
Da mesma forma que a grande agropecuária exportadora a agropecuária de menor porte, tem os benefícios do clima (embora intermitentes), das condições da terra e tem à disposição muitas das tecnologias desenvolvidas para a grande agropecuária (indevidamente caracterizada como agronegócio).
A promoção do desenvolvimento da região subdesenvolvida do Brasil - caracterizada aqui como acima do paralelo 16 - deverá ter por base a produção agropecuária por unidades de menor porte, sejam familiares ou patronais.
Uma primeira condição será a de descaracterizar a visão de uma agricultura de subsistência, para dar maior ênfase à capacidade empreendedora do produtor.
A agropecuária de menor porte deve ser vista como um empreendimento de menor porte, que pode (e deve) incorporar todas as evoluções tecnológicas e promover a geração de emprego e renda.
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