O nacionalismo econômico é caracterizado pela estruturação da economia voltada para dentro, autossustentada pela produção e consumo interno. Essa estruturação decorre de vontade política, com apoio de segmentos da sociedade, com o sentido de não aceitar o que seria uma vocação natural do Brasil: um grande supridor mundial de matérias primas, tanto vegetais e animais, como minerais.
Ainda que iniciada antes, foi reforçada pela doutrina e conceitos desenvolvidos dentro da CEPAL, e conta ainda com inúmero adeptos.
Embora caracterizada como "nacional-desenvolvimentista" prefiro denominar de nacionalista-estatizantes. Nacionalista porque adota o conceito de uma economia voltada para dentro, para a nação e não amplamente integrada no mercado mundial, na globalização. Estatizante porque o modelo é baseado em forte atuação direta e indireta do Estado.
Para viabilizar e implantar essa estrutura o Brasil, através dos seus governantes - eleitos ou não - optou pela utilização do Estado como o principal protagonista, seja através da assunção de atividades estratégicas, atribuídas a empresas estatais, como através de mecanismos de apoio às empresas privadas, como regras de proteção à produção nacional, renúncias fiscais e financiamentos por bancos públicos. Envolveu sempre, intervenções artificiais do Estado na economia e tornou as empresas privadas reféns das políticas públicas. Estabeleceu uma cultura empresarial de só fazer o que o Governo sinalizava.
A persistência nesse modelo apenas retarda a recuperação da economia brasileira. O modelo já perdeu a sua essência vital. Não tem mais base suficiente para sua revitalização. O colapso é definitivo.
(cont)
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