Michel Temer poderá ainda ter uma sobrevida como Presidente da República. Está na dependência de decisões pessoais, movidos por dois objetivos: não ser transferido do Palácio do Jaburu para o "Palácio" da Papuda, ambos em Brasília. E passar para a história como o Presidente que recuperou a economia brasileira, após a sua mais prolongada crise.
Não há incertezas. As decisões judiciais condenarão o registro da chapa e punirão Dilma. A dúvida é sobre quando isso ocorrerá.
Enquanto Temer ficar, permanecerá a crise política,
com uma sucessão de pedidos de impeachment que não terão andamento ou andamento lento.
O "Governo para". Só manterá as atividades rotineiras. Como não dispõe de muitos recursos orçamentários, com mais de 90% em despesas obrigatórias, já não tinha condições de fazer coisas novas. Com a permanência ou não de Temer. "Tanto faz, como tanto fez".
Com Temer ou sem Temer o Governo continuará na mesma. Com mudanças de nomes, afetando apenas os que perderão os cargos.
Com Temer ou sem Temer, a reforma trabalhista deverá ser aprovada no Congresso e a reforma previdenciária, será fatiada. Uma parte ficará para 2019 ou mais. A mini-reforma política pouco ou nada depende do Executivo. É uma briga doméstica, dentro do Congresso.
No campo político, a saída ou não de Temer, é uma disputa de grupos internos pelo poder. Não há qualquer possibilidade de eleger um novo presidente, fora do grupo que assumiu o poder, depois de derrubar o PT.
Qualquer um que possa vir a ser eleito indiretamente pelo Congresso será "pró-mercado", pró-reformas e anti PT.
A evolução da economia dependerá da microeconomia. Não dos modelos macroeconômicos.
O Brasil com Temer, ou sem Temer será o mesmo até o final de 2018: "a mesma sujeira".
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quarta-feira, 31 de maio de 2017
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