A soltura de Lula, muda substancialmente a dinâmica
política, com batalhas entre as duas principais lideranças, em campos diferentes.
Jair Bolsonaro insistirá em comandar o seu exército nas
redes sociais, buscando manter o apoio de um importante segmento da população:
a opinião publicada, formada pelas comunicações e informações das redes
sociais. O mecanismo montado para a sua campanha presidencial foi reforçado com
mais recursos tecnológicos e financeiros, com um comando centralizado, dentro do
Palácio do Planalto. É imbatível, diante da fraqueza ou intimidação dos
mecanismos opositores. Alimenta os seus seguidores, com notícias – falsas ou
verdadeiras – amplamente disseminadas e gera uma impressão de absoluto domínio
do “povo”.
Não tem base para liderar os movimentos de rua e não parece disposto
a ir a esses, mesmo organizadas pelos seus adeptos. A presença do público, nas
manifestações da Avenida Paulista, no sábado, mostrou uma importante diferença.
A convocação e mobilização feita pelo Vem pra Rua, que tem Carla Zambelli –
bolsonarista de “quatro costados”, como líder teve um pequeno público diante do
Museu de Arte. Não chegou a se encontrar com a outra manifestação, convocada
pelo Movimento Brasil Livre – MBL, com base em frente à FIESP, contra o STF, a favor de Sérgio Moro, mas independente
de Bolsonaro, que lotou várias quadras da Avenida, na direção oposta ao outro
movimento.
Lula vai para as ruas, promover articulações partidárias e
avaliar a efetividade dos apoios populares.
Ambos vão assestar as suas baterias contra a mídia
tradicional, principalmente contra a Rede Globo. Essas precisam de notícias
para se sustentarem a briga é sempre notícia. Para se mostrarem imparciais darão
espaço a cada um dos lados.
A corrida para 2022 é longa, uma verdadeira maratona. Quem
sair correndo demais na largada, não terá fôlego para chegar ao fim. Lula saiu
muito afoito.
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