Os Bolsonaros estão buscando mobilizar a sua turma para ir
às ruas dar apoio a medidas de exceção, manifestar-se pelo fechamento do
Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Eles entendem que o Governo Bolsonaro está indo bem, com
indicadores econômicos positivos, em termos de inflação, taxa de juros, dólar, índice
da Bolsa de Valores, mas ainda com dados insatisfatórios em termos de taxa de
crescimentos econômico e de redução dos níveis de desemprego. Só não está
melhor porque – segundo eles – as “hienas” que não querem perder os seus privilégios
não deixam o Leão Bolsonaro trabalhar.
Para eles existem os nossos e o resto, formado pelos
inimigos. Eles só falam nas redes sociais para os seus. Dizem o que eles querem
ouvir e são aplaudidos e apoiados. O apoio se manifesta na disseminação das
suas mensagens.
Tudo o que postam é deles mesmo, deliberadas, voltadas para
o seu público. Quando tem uma reação contrária muito forte, retiram a peça, pedem
desculpas e vão em frente, seguidos pelos seus adeptos.
O alvo da hora é o Supremo, em função da provável decisão do
colegiado contra a prisão após confirmação de sentença condenatória em segunda
instância judicial. Essa é a caracterização técnica. A popular é “soltar todos
os bandidos e corruptos” promovendo a impunidade. Essa visão indignada tem uma
grande adesão dos “lava-jatista”, que tem em Sérgio Moro o seu grande ídolo.
Mas essa população contra os bandidos tem um segmento a
favor da decisão do TSE quando essa pode promover a libertação de Lula, para os
bolsonaristas o pior de todos os bandidos.
A ilusão de Eduardo Bolsonaro é promover a dia do séquito
bolsonarista às ruas contra o TSE e a favor de Moro. Promover a provocação dos
petistas, com a incitação dos black blocs, gerar vandalismo e radicalização
para justificar uma intervenção do Exército para garantir o poder do pai, e
editar um novo AI-5. O que poucas pessoas sabem o que é: para Eduardo Bolsonaro
é o fechamento do Congresso.
Na alegoria bolsonarista é o leão “patriota conservador”,
mas que junto com o Leão Bolsonaro enfrenta as hienas. Mas não apenas para
espantá-la, mas para exterminá-las.
Existem algumas palavras malditas dentro da sociedade
brasileira: uma é CPMF, outra AI-5. Poucos sabem o que é mal, mas são tomadas
como símbolo do mal.
Eduardo Bolsonaro não se deu conta da maldição, justo no dia
do “halloween”. Ele como chapeiro de hamburger nos EUA deveria bem lembrar.
Esqueceu e agora vai ser queimado na fogueira das bruxas.
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