Hoje o Congresso Nacional volta a funcionar com uma
simbologia importante adotada pelo Presidente Bolsonaro. O seu representante na
abertura para apresentar “O Estado da Nação” será o Ministro Chefe da Casa
Civil, o deputado federal licenciado, Onyx Lorenzoni.
Dois são os significados dessa escolha: Onyx continuará
sendo o principal interlocutor do Governo com o Presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, eleito por apoio e articulação de Onyx, com utilização – ainda que
escamoteada – das velhas práticas do presidencialismo de cooptação. Na Câmara, Onyx não tem “poder político”, com
total hegemonia de Rodrigo Maia, que negocia diretamente com o Presidente da
República, quando quer. Bolsonaro tem a esperança de que Onyx repita para 2021
as mesmas articulações para a eleição de Presidentes da Casa, associados ou
favoráveis ao seu Governo.
Para isso Jair Bolsonaro teve que desatender o filho 03 e os
bolsono-olavistas que tentaram jogar no colo de Onyx a total responsabilidade
pelas trabalhadas do amigo da turma da barra, tido como “gente da confiança de
Onyx” quando foi uma imposição familiar. Onyx se salvou – desta vez – mas percebeu
que “puxar o saco” dos filhos não é a mesma coisa que fazer o mesmo com o pai. A
menos que este mande.
O Congresso volta, o mais do mesmo. 2019 mostrou que a
renovação numérica teve poucos efeitos práticos. O domínio continua sendo dos
despachantes de interesses comunitários ou corporativos, fortalecidos pelas mudanças
legais e pela proximidade das eleições municipais.
A origem e fundamento desse domínio do “despachantismo” no
Congresso está identificado no meu livro, agora em segunda edição, revista,
atualizada e aumentada, com a análise dos dados das eleições para o Congresso
em 2018. A síntese está no título “Até onde a vista alcança”. É do
eleitor que vê o mundo pelo ambiente em que vive e entende que o papel do
deputado federal é representá-lo em Brasília, para trazer verbas e serviços
públicos, para atender aos seus pleitos, com resultados mais imediato e
localizados. O eleito responde com a mesma visão de mundo curta. Os interesses
públicos de maior amplitude, os de interesse nacional ficam fora do alcance da
sua visão.
O livro está disponível no formato virtual no site da Amazon:
www.amazon.com.br buscando pelo autor Jorge
Hori, ou pelo título do livro (Até onde a vista alcança, capa marrom).
O livro é o relatório de um diagnóstico sobre o processo que
leva à eleição dos componentes atuais do Congresso.
É a fase inicial de um movimento iniciado pelo PNBE –
Pensamento Nacional das Bases Eleitorais – para uma transformação efetiva do
Congresso Nacional.
Entrará agora na fase de debates com lideranças políticas e
outras, para caracterizar a transformação necessária. O que será o alimento para
uma ampla mobilização social, com o objetivo de conscientizar o eleitor a
repensar e votar com uma visão mais ampla: além do que a vista alcança.
Terá o lema “REPRENSE, TRANSFORME CONGRESSO”, uma síntese
para a proposta: “Eleitor: repense e transforme o Congresso com o seu voto”.
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