sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Duas soluções e muitos problemas

A microrreforma ministerial deve ser avaliada, não apenas pelo que foi feito, mas rambém pelo que não foi feito. Onyx Lorenzoni ficou onde estava, supostamente com menos poderes, Abraham Weintraub continuou na Educação.
Onyx havia ganho a gestão do PPI, o que ele não queria, mas "engoliu" para poder abrigar Vicente Santini, amigo da turma da barra de Eduardo Bolsonaro. O PPI na Casa Civil era apenas formal, Onyx não mandava nele. O comando efetivo era de Martha Seillier. 
Paulo Guedes queria o PPI, mas sem Santini e interferência dos filhos do Presidente. Santini "pisou na bola" e Guedes, rapidamente a tomou. Levou para dentro do seu superministério, com Martha e sem Vicente. 
Jogada trivial, mas de grande significado para a relações familiares do clã Bolsonaro. Eduardo tentou, mas não conseguiu evitar o cartão vermelho ao seu amigo. 
Onyx ficou porque continua sendo a ponte entre Jair Bolsonaro e o Presidente do Senado Davi Alcolumbre. 
Weintraub fica porque cuida de um vazio, para que não venha a ser ocupado. Bolsonaro não irá colocar um educador competente e de renome no Ministério para enfrentar seriamente os problemas da educação brasileira. Weintraub já é um "banco" que entrou em campo e Bolsonaro não tem outro reserva, com as mesmas características. Também não tem para onde deslocá-lo, sem contrariar demais o guru Olavo de Carvalho, o padrinho mór.
Rogério Marinho já tinha se tornado um problema para a equipe econômica, que já o queria fora dela. Mais por inveja do que por razões profissionais. Incomodados com a desenvoltura do experiente político no meio de novatos das equipes do "subtrinta" e "subquarenta", o queriam fora. Só Paulo Guedes, um "chicago older", o sustentava. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...