O Brasil tem, sem dúvida, as melhores condições naturais para ser o principal supridor mundial de alimentos, para saciar a fome e atender aos desejos de uma crescente população mundial, de bilhões de pessoas, por alimentos mais saudáveis.
Tem um clima favorável, apesar das diferenças regionais, água doce e terras cultiváveis. Tanto com fertilidade natural, como fertilizadas mediante ampla aplicação de tecnologias, inovadas nacionalmente, por iniciativas estatais, principalmente através da EMBRAPA e uso de corretivos (nacionais e importados).
A essas condições naturais favoráveis se associou a capacidade empreendedora dos fazendeiros que incorporaram as mais modernas técnicas produtivas, equipamentos e aplicativos transformando a agropecuária brasileira numa atividade 4.0, bem à frente da indústria.
Embora uma realidade, que é demonstrada pelo recordes sucessivos das safras de grãos, ano a ano, alcançando na atual de 19/20 cerca de 240 milhões de toneladas, sofre ainda muitas contestações por parte de segmentos urbanos, como:
os ambientalistas - "Essa expansão vai acabar com as nossas matas e florestas e vai, no futuro, tornar o Brasil um grande deserto";
os "preconceituosos": "Tornar o Brasil, novamente dependente, de uma produção primária, no campo, é um retrocesso histórico. e não voltar aos tempos da enxada, do arado, com produtos de baixa agregação tecnológica". Decorre da desinformação, associada aos preconceitos;
os industrialistas: "A agropecuária tem baixo valor agregado e geração de empregos. Precisamos ampliar sim uma produção industrial, com alta tecnologia e alto valor agregado, como os aviões da EMBRAER". Estão corretos na percepção, mas não nas proposições.
A alternativa está na engenharia pela industrialização das matérias primas da agropecuária, de forma a manter a alta produtividade, alcançada dentro do campo, a introdução da tecnologia, seja nos produtos, como nos processo fabris e a saudabilidade dos alimentos e Essa condição é crescente entre os consumidores, com maior capacidade de consumo, em todo o mundo. Esta é a proposta do Instituto de Engenharia, no projeto "Brasil, alimentos para o mundo".
A maior contribuição da engenharia em relação ao agronegócio está na superação do seu principal gargalo que vem anulando os ganhos de produtividade alcançados dentro da fazenda e comprometendo os ganhos do produtor ou a competitividade internacional dos produtos: a deficiência logística no escoamento das safras.
Não há como superar esse gargalo sem um amplo programa de investimentos na infraestrutura logística, em todos os modais. Não basta definir grandes números de necessidade de investimentos, papel da área econômica. Para a engenharia é preciso chegar ao nível de definição de obras prioritárias. No quadro financeiro atual, obras que tenham atratividade para os investidores privados.
A visão da engenharia é espacial. Parte da identificação dos polos geradores da carga, no caso dos grãos, para buscar as melhores soluções físicas dos pontos (portos) de escoamento e de ligação entre origem e destino.
É dentro dessa visão que o Instituto de Engenharia tem buscado a sua contribuição, mediante os estudos "Ocupação Sustentável do Território Nacional, pela Ferrovia, associada ao Agronegócio" e "A Hidrovia como Vetor de Desenvolvimento e de Integração Multimodal do Brasil e da América do Sul".
Na sequência, os Grupos de Estudo do Instituto de Engenharia estão estudando e discutindo as alternativas técnicas, econômicas e ambientais, ainda na etapa de planejamento conceitual, para os principais produtos exportáveis do agronegócio, propondo as obras básicas necessária, dentro de uma visão de integração multimodal de cadeia produtiva completa, incluindo a cadeia logística.
Essa visão sistêmica e holística envolve a avaliação dos principais mercado externos para os produtos do agronegócio brasileiro, não se limitado ao porto de saída, mas estendendo para os portos de desembarque desses produtos nos mercados externos e as alternativas de fluxos marítimos.
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