Diferentemente dos habituais preconceitos que os empresários tem dos políticos, o comando das suas decisões não são predominantemente de cunho eleitoral, mas orientados pelos sanitaristas que dominaram inteiramente a cena. Com esse domínio sobre o imaginário popular, evidentemente, tem impactos eleitorais.
Essa visão preconceituosa de que os políticos só são movidos pelo interesse eleitoral, obscurece a percepção dos cenários futuros e a adequada orientação dos seus negócios.
As contestações às políticas sanitárias, demonstrando que estão equivocadas, gerando danos colaterais na economia, desnecessárias não tem o suficiente respaldo científico ou técnicas, mais simples. Na falta de argumentos técnicos sólidos, apelam para notícias falsas ou distorcidas, publicadas na mídia internacional ou nas redes sociais, interpretações distorcidas dos números oficiais de mortes e supostas realidades que estariam sendo escamoteadas. Como a de que os leitos dos hospitais estão vazios, que a ociosidade em UTIs, estão, em alguns casos, em até 90%, ainda que não comprovados. Seguem ou alimentam o discurso do Presidente de invadir os hospitais para comprovar a ociosidade, alegando que os sistemas de saúde estão escondendo a verdade.
Afirmam com grande ênfase e convicção, para convencer os demais, o que conseguem em parte.
Adotaram o lema, mantra ou afirmação de que desemprego também mata. O que não tem comprovação estatística, tampouco sanitária.
O Brasil convive, desde 2015 com um volume de desempregados acima de 10 milhões de trabalhadores. Qual é o índice de mortalidade desses desempregados?
A suposição da afirmação é que sem emprego, o trabalhador fica sem renda, sem renda não tem como se alimentar e sem se alimentar irá morrer desnutrido, com fome. Admitindo que a lógica é correta, será necessário levantar os dados do Ministério da Saúde e dos cartórios de registros, para saber quantos morreram em 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, por desnutrição, para avaliar - ainda que imprecisamente - o grau de letalidade do desemprego.
Na prática, a maior parte dos empresários não aceita que as políticas governamentais estaduais e municipais sejam comandadas pela influência dos sanitaristas.
É um negativismo que leva à incompreensão do que está ocorrendo e assumir uma visão de incerteza com relação ao futuro.
Incerteza é a certeza de que vai ocorrer o que não quemos.
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