Os principais responsáveis são os próprios industriais que reagem de forma equivocada aos desafios, às circuntâncias. Por distorções culturais históricas.
Ao
longo de todo o processo de industrialização sempre se orientou ou foi
orientado a ficar voltado para o mercado interno, ao contrário dos
fazendeiros de café e depois de outras commodities agrícolas a se voltar
para o exterior.
O
projeto nacional sempre foi o de uma industrialização voltada para o
mercado interno e liberar-se da dependência de commodities.
Mas
para isso seria necessário que a indústria fosse também exportadora,
independendo das receitas cambiais geradas pela commodities.
Porém com a renda externa gerada pela commodities, a
indústria se acomodou e, mesmo com a reclamação dos industriais, usou e
abusou das cambiais para aumentar as importações.
A
indústria brasileira, com grande participação das multinacionais foi
transformada em montadora final de produtos internacionais para o
mercado interno.
Inseriu-se nas cadeias produtivas globais, apenas numa direção, a de comprador. Não de supridor.
Dessa mudança resultaram dois indicadores
macroeconômicos: a participação relativa da indústria dentro da formação
do PIB foi caindo, lenta, mas sucessivamente e o superavit comercial
virou negativo em 2014, depois de sucessivos resultados positivos. E a
maior parte do déficit foi gerado pela indústria.
A reação da indústria não foi a de exportar mais, mas de
importar e produzir menos. Os resultados cambiais voltaram a ser
positivos, mas como decorrencia de queda das importações, de forma mais
intensa do que das exportações.
A indústria brasileira em vez de se sentir beneficiada
com a desvalorização do real, sente-se prejudicada. E tem mil e uma
explicações, de porque não reage com exportações.
Usando os mesmos argumentos anteriores de que a indústria brasileira não é competitiva mundialmente.
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