O patrimonialismo é recorrer ao Estado na defesa da sua visão de mundo. Qualquer coisa coletiva que a pessoa ache que deva ser feita, apela logo para uma política ou ação pública, a uma regulação pública. O Brasil precisa de educação, então defende políticas públicas, recursos para a educação. Se, necessárias, medidas coercitivas e punitivas. Sempre através do Estado.
Para garantir o que acha que é necessário defende a vinculação de recursos públicos.
Uma das faces da crise atual, é o esgotamento do patrimonialismo, com a sociedade não aceitando mais a elevação dos tributos.
A cultura patrimonialista, no seu sentido amplo, que tem o respaldo e o desejo da sociedade dá margem a outro traço cultural: o corporativismo.
A conjugação dos dois fatores leva a diversas distorções, mas duas delas são as principais:
- a dificuldade do ajuste fiscal, para conformar tudo o que já se comprometeu com as vinculações dentro dos recursos disponíveis, levando o Governo a propor sucessivamente aumentos tributários;
- a ineficiência dessas atividades priorizadas, pela captura das corporações que contam com recursos garantidos.
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