quinta-feira, 17 de novembro de 2016

celetistas x pejotas

O PT, associado à CUT, continua em intensa campanha contra a terceirização e a pejotização.
Não se deu conta ainda de que com a crise, uma redução sucessiva do conjunto (ou estoque) de empregados celetistas, e aumento do desemprego, a maioria dos terceiros e PJs nada mais é que ex-celetistas que perderam o emprego e tem que se "virar" com "frilas". E para poder reduzir os encargos tributários recebem informalmente ou como microempresários individuais. Ou seja, como pessoa jurídica.

Eles foram obrigados a mudar de lado. Adaptaram-se às novas condições de trabalho, de remuneração e de vida. Muitos não tem expectativa de voltar para o mundo celetista, alguns ainda mantém esperanças e outra parte não quer mais voltar. Preferem ser "patrões de si mesmo", gerenciando eles mesmo os seus "direitos". Estar submetidos a um patrão, ainda que tendo em contrapartida os "direitos adquiridos" não é mais o seu "negócio". 

Os "esperançosos" ainda seriam maioria e não abandonam a cultura "celetista". Mas com a continuidade e persistência da crise, tendem a ser minoria. A maioria dos "frilas" tendem a assumir uma nova cultura, uma nova visão de mundo. Que não encontra eco nos sindicatos tradicionais, tampouco no PT.

Mas continuam sendo trabalhadores e esperam por um apoio político. Não o tendo no PT irão buscar outras alternativas. O que levará o PT a virar um partido nanico, juntando-se ao PSOL, PSTU e outros pequenos partidos de esquerda, que só conhecem (ou reconhecem) o mundo do trabalho formal. Esquecendo que os informais e PJs também são eleitores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...