Ainda como minoria dentro da sociedade e fora do poder político central, as lideranças evangélicas vem buscando, pelo caminho eleitoral, a conquista do poder. A cada eleição municipal aumenta o número de vereadores e Prefeitos, ligados a igrejas evangélicas. Tem aumentado também as bancadas evangélicas nas Assembleias Estaduais e no Congresso Nacional.
Não se trata apenas de opção religiosa pessoal, mas o uso dos adeptos da igreja como base eleitoral. Não há preferências partidárias, com os candidatos buscando os partidos que lhe abriguem. Não há uma coincidência ideológica entre a igreja, o candidato e o partido.
PRB e PSC seriam partidos inteiramente dominados pelos evangélicos, mas as bancadas evangélicas não são formadas apenas por deputados desses partidos. Eles estão em todos os partidos.
Não está claro qual é o projeto de poder das igrejas evangélicas. Tampouco qual é conteúdo programático do projeto. Aparentemente defendem um ideário conservador, em contraposição aos movimentos liberais, assumidos mais pela esquerda.
Essa disjunção ficou clara na eleição para a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.
A gestão de Marcelo Crivella, na frente da Prefeitura Municipal, vai clarear esse projeto.
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