Diante de uma crise econômica real, diretamente sentida por cerca de 12 milhões de brasileiros desocupados e outros tantos sobrevivendo de "bicos", o Governo propõe o congelamento do total de gastos federais, por vinte anos.
A esquerda se coloca logo contra, por razões ideológicas e estratégicas. Não pode desmentir a existência da crise, embora tente minimizar e não aceita ser responsabilizada pela sua ocorrência, como querem os seus contestadores.
Para se opor à proposta, mostram os riscos futuros de colapsos nas atividades públicas educacionais e de saúde, assim como do congelamento das remunerações dos servidores públicos.
Não é preciso discutir previsões. O colapso já é fato em alguns Estados, sendo os mais evidentes no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Aqueles que gastaram mais do que arrecadam. Os que abandonaram a responsabilidade fiscal.
Em ambos, uma característica comum é o atraso no pagamento dos servidores públicos, com sucessivos parcelamentos.
Já os terceirizados, são demitidos, muitas vezes sem recebimento dos seus "direitos", e inviabilizam o funcionamento de serviços públicos essenciais.
O mais grave - já uma triste realidade - é a degradação dos serviços de segurança pública. Em Porto Alegre já estaria em colapso, resultando num grande aumento da violência urbana.
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