quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O balanço do ano



Para os políticos que querem ou precisam mostrar resultados, perante os seus eleitores, para a opinião publicada e à sociedade em geral, é importante apresentar os seus feitos do ano. Os momentos são fugazes, mas o que é relevante passa a ser registrado como um fato notório do ano, não importando o mês em que ocorreu.
O pacote “anticrime” aprovado pelo Congresso, dependendo apenas da sanção do Presidente, será uma das grandes marcas de 2019: como um grande resultado do primeiro ano do mandato do Presidente Bolsonaro e também do Congresso, eleito em 2018.  Ainda, uma grande vitória de Sérgio Moro, embora a sua proposta inicial tenha sido “desidratada”.
No futuro essa desidratação será pouco lembrada. O que importará será a lei como sancionada e depois homologada, com a votação dos eventuais vetos do Presidente.
Aprovado ainda em dezembro, Sérgio Moro, ganhará um ano de imagem positiva. Se passar para 2020, ainda que no começo do ano, terá que esperar um ano a mais. Com reflexo sobre a popularidade de Jair Bolsonaro.
Apesar de Moro alavancar a popularidade de Bolsonaro e não o contrário, este terá dúvidas na sanção do projeto de lei, mas não tem alternativa. Se pudesse adiaria. O que ele não quer é deixar Rodrigo Maia assumir a paternidade da lei, como tentou, mas não teve sucesso.
As decisões políticas atuais não são orientadas apenas pelo interesse público, mas pelos interesses pessoais e corporativos, já influenciadas pelas eleições futuras. As suas decisões de hoje tem em vista o amanhã das eleições.
Cada um dos atores discursa e age para satisfazer os seus eleitores. A dos deputados é um contingente menor, formado pelos moradores das comunidades do seu reduto eleitoral ou pelos integrantes de corporações. Cada um dos 512 deputados representa uma facção da população brasileira. Na soma representam a totalidade dos eleitores votantes. Mas o conjunto não representa, necessariamente, o interesse nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...