Para os políticos que querem ou precisam mostrar resultados,
perante os seus eleitores, para a opinião publicada e à sociedade em geral, é
importante apresentar os seus feitos do ano. Os momentos são fugazes, mas o que
é relevante passa a ser registrado como um fato notório do ano, não importando
o mês em que ocorreu.
O pacote “anticrime” aprovado pelo Congresso, dependendo apenas
da sanção do Presidente, será uma das grandes marcas de 2019: como um grande resultado
do primeiro ano do mandato do Presidente Bolsonaro e também do Congresso,
eleito em 2018. Ainda, uma grande
vitória de Sérgio Moro, embora a sua proposta inicial tenha sido “desidratada”.
No futuro essa desidratação será pouco lembrada. O que
importará será a lei como sancionada e depois homologada, com a votação dos
eventuais vetos do Presidente.
Aprovado ainda em dezembro, Sérgio Moro, ganhará um ano de
imagem positiva. Se passar para 2020, ainda que no começo do ano, terá que
esperar um ano a mais. Com reflexo sobre a popularidade de Jair Bolsonaro.
Apesar de Moro alavancar a popularidade de Bolsonaro e não o
contrário, este terá dúvidas na sanção do projeto de lei, mas não tem
alternativa. Se pudesse adiaria. O que ele não quer é deixar Rodrigo Maia
assumir a paternidade da lei, como tentou, mas não teve sucesso.
As decisões políticas atuais não são orientadas apenas pelo
interesse público, mas pelos interesses pessoais e corporativos, já influenciadas
pelas eleições futuras. As suas decisões de hoje tem em vista o amanhã das
eleições.
Cada um dos atores discursa e age para satisfazer os seus
eleitores. A dos deputados é um contingente menor, formado pelos moradores das
comunidades do seu reduto eleitoral ou pelos integrantes de corporações. Cada
um dos 512 deputados representa uma facção da população brasileira. Na soma
representam a totalidade dos eleitores votantes. Mas o conjunto não representa,
necessariamente, o interesse nacional.
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