Jair Bolsonaro mantém o apoio firme de 30% do eleitorado,
segundo pesquisa do Datafolha.
Mantido esse patamar chegaria ao segundo turno em 2022 e, dependendo do concorrente, seria reeleito: a sua maior obsessão atual. Percebeu
ou foi induzido a entender que um só mandato era insuficiente para mudar o
Brasil, como prometeu. Para cumprir a missão divina que lhe foi atribuída precisa de um segundo mandato.
Para isso precisa desconstruir todos os eventuais candidatos
que emergem à sua frente, sejam de campos adversários, como do seu próprio
campo.
Dos 30% de apoio popular, a parte maior é sustentada por Sérgio
Moro, com o seu implacável combate à criminalidade e uma parte menor decorrente
da presença de Paulo Guedes. Esse não tem cacife eleitoral, mas assegura a
Bolsonaro um apoio maciço dos empresários.
Com a forte aceitação popular de Sérgio Moro e uma suposta candidatura
dele à Presidência da República, em 2022, Bolsonaro tentou abafar o
protagonismo do seu Ministro. Esse, fez circular nos meios palacianos, que
seria um bom nome para a Vice-Presidência, no lugar do General Mourão. Ao obter
o apoio do General Ramos para essa versão, Jair Bolsonaro deixou de ver o seu prestigiado
Ministro, como potencial concorrente, mas como o seu companheiro de chapa.
Sem a velada resistência do Presidente, assumiu o comando da
missão de aprovação do pacote anticrime, junto ao Congresso Nacional,
envolvendo-se no “corpo a corpo”, com os parlamentares. Obteve relativo sucesso.
Com as reiteradas omissões do Presidente Bolsonaro, na
defesa dos “projetos de interesse do Governo”, fora da sua pauta pessoal, há
uma transferência do eixo de poder. O
poder de legislar está efetivamente com o Legislativo, como eventual formação
de situação e oposição em relação às Presidências das Casas, mas com força
maior do Presidente da Câmara.
O pacote “anticrime” aprovado pela Câmara não é o de Moro,
mas o costurado por Rodrigo Maia. Com a oposição radical do PT. Mas o projeto Maia,
decorrente dos acordos, com supressão de algumas questões, foi aprovado pela
liderança do PSOL. Da mesma forma que os dissidentes do PDT e do PSB aprovaram
a reforma previdenciária formatado por Maia e Samuel Moreira, esse do PSDB.
Em 2020 só serão aprovados os projetos “costurados” por Rodrigo
Maia, com a adesão de Davi Alcolumbre. A Presidência da República será um
protagonista coadjuvante.
Oposição ou situação. Base aliada do Governo serão figuras
menores no jogo que será disputado no campo do Congresso Nacional.
Apesar da visão obsoleta de analistas, influenciando a
mídia, de que o jogo político dos próximos anos será dentro das mesmas circunstâncias
passadas.
Os obsoletos mal sobreviverão a 2020 e serão enterrados em
2022.
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