O primeiro gasto é com o pagamento das dívidas com a safra atual e os gastos com a safra seguinte. Do excedente ou lucro uma parte é usada para o consumo pessoal e outra para investimentos além da fazenda.
Parte importante é destinada a empreendimentos imobiliários urbanos. Outra para a logística própria. Não há investimentos da agropecuária em infraestrutura pública, como rodovias, ferrovias, aeroportos ou portos. Neste último caso, apenas nos terminais privativos.
A razão seria óbvia. A agropecuária, como um conjunto eminentemente privado, só tem interesse em investir em negócios privados. Entende que os investimentos em empreendimentos públicos são de responsabilidade do Estado.
Estamos agora diante de um novo quadro:
- a agropecuária voltou a crescer, depois da quebra da safra 2015/16, com aumento de produção acima de 15% em relação à safra anterior;
- o escoamento dessa safra encontra uma infraestrutura logística ainda mais deteriorada, sem significativos investimentos completados nestes dois últimos anos;
- o Estado Brasileiro não tem e não terá recursos para pesados investimentos em infraestrutura, não tendo nenhuma condição de atender às necessidades, reclamos ou reivindicações do agronegócio, em relação à logística;
- a melhoria da infraestrutura logística dependerá das concessões, transferindo ao setor privado os encargos de investir e operar as rodovias, ferrovias, portos e outros;
- para a realização desses investimentos o setor privado precisará ter recursos, oriundos dos seus ganhos ou tomados emprestados de bancos privados, pois os bancos oficiais também terão restrição de recursos;
- o setor que disporá de recursos de fontes externas, será o agronegócio.
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