segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Um grande equívoco de Trump

Do discurso de Trump retiro uma frase que sintetiza as suas pretensões. "Nós, cidadãos da América, estamos agora unidos em um grande esforço nacional para reconstruir o nosso país e restaurar a promessa para todos o nosso povo. Juntos vamos determinar o curso da América e de todo o mundo por muitos muitos anos... O establishment protegeu a si próprio, mas não os cidadãos de nosso país. As vitórias deles não foram vitórias do país. Esse dia marca a data em que o povo se tornou soberano desta nação novamente".

Os EUA cresceram como imperialistas e tornaram-se a maior potencia mundial, econômica e militarmente, com as suas estratégias. A globalização é fruto de uma estratégia norte-americana. 

 
O imperialismo europeu se baseou na exploração de recursos naturais externos, conquistando militarmente novos territórios tornando os colônias.

A partir do final da Segunda Guerra Mundial desenvolveu um novo modelo imperialista. Não mais a exploração de recursos naturais das colônias para serem industrializados na metrópole, mas a exploração da mão-de-obra barata dos países subdesenvolvidos para a produção industrial de baixo custo, e serem consumidas pela demanda norte-americana. 

Esse novo modelo - caracterizado como globalização - sacrificou milhões de empregos industriais bem remunerados nos EUA, sendo substituídos por empregos pior remunerados nos países subdesenvolvidos. 

A visão de Trump é que retomar os EUA potencia é preciso deixar de ser imperialista, explorando mão-de-obra barata das suas "colonias", para produzir mais, ainda que mais caro. 

Dará certo? E o resto do mundo?

2 comentários:

  1. O resto do mundo, num primeiro momento, que se dane. É o que pensam Trump e os que votaram nele, mirando, especificamente, a China e sua política bem sucedida de ser "chão de fábrica do mundo".

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  2. Então? Apesar de cada caso ser um caso, isso não encareceria os produtos? Não geraria uma inflação nos EUA e, consequentemente no mundo? Por conseguinte, nos países onde a inflação foi voraz, seus governantes não conseguiram se sustentar.

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