- voltar a cidade para frente do rio, revertendo a evolução recente "de costas para o rio";
- revitalizar o centro histórico;
- viabilizar o desenvolvimento econômico, com base na produção de inteligência;
- eliminar ou, pelo menos reduzir drasticamente o déficit habitacional;
- viabilizar a "cidade compacta".
Na realidade não são desafios da cidade, entendida como do conjunto da sua população, mas da Prefeitura Municipal, das autoridades públicas, dos planejadores urbanos que assumem a visão de parte da sociedade, apresentando-as como se do todo.
A cidade é cortada pelo rio Capibaribe que se junta ao Beberibe, na foz, para, segundo os pernambucanos, formar o Oceano Atlântico.
A cidade se formou nessa foz, tomando as ilhas e de frente para o meio aquático, com as casas para o rio e o porto para o mar. Por essa conformação, Recife foi chamado da Veneza Brasileira, embora com pouca utilização do rio como meio de transporte, a menos dos pescadores, alguns dos quais ainda resistem na beira do rio.
A cidade se formou nessa foz, tomando as ilhas e de frente para o meio aquático, com as casas para o rio e o porto para o mar. Por essa conformação, Recife foi chamado da Veneza Brasileira, embora com pouca utilização do rio como meio de transporte, a menos dos pescadores, alguns dos quais ainda resistem na beira do rio.
Diversamente de outras cidades, muitas das antigas capitais europeias, que fizeram do rio o seu principal meio de comunicação, embora - originalmente - tenha sido voltada para o rio, a sua expansão do Recife se fez de costas para o rio, com preferência para os deslocamentos por via terrestre, tendo o rio como obstáculo, transposto por um conjunto de pontes. E o rio um desaguadouro de lixo e de esgotos, com crescente poluição.
A proposta agora é de transformar o rio como um meio de transporte, seja de média distância, para cargas e pessoas, assim como para os passeios turísticos na parte central.
A condição prévia é da sua despoluição, o que depende da efetivação dos programas de saneamento, o que é possível e provável.
Já a sua utilização como meio de transporte depende do setor privado.
Na parte de carga só será viável para o transporte ponto a ponto via hidroviária ou, eventualmente, com integração ferroviária. Se depender do meio rodoviário, a experiência indica que os transportadores, assim como os donos das cargas preferem o porta a porta, sem transbordos, inviabilizando o transporte marítimo.
No transporte de passageiros a sua viabilidade dependerá da escala da demanda que é uma grande incógnita.
Os propositores são otimistas, mas baseadas mais em desejos do que em perspectivas objetivas. De momento, é mais um projeto romântico de modernização da Veneza brasileira.
Faz parte de um conjunto de idéias para revitalizar o centro histórico, conjugando-se com a instalação na Ilha do Recife de um parque tecnológico (Porto Digital) para abrigar empresas de produção de conhecimentos, seja de tecnologia da informação, como de engenharia, e de artes, caracterizada como economia criativa.
Embora seja um setor de grande potencial econômico, com perspectivas, segundo alguns especialistas, de ser o motor do desenvolvimento econômico mundial, depende da escala que precisa ser mundial. Ou seja, a produção não deve estar voltada apenas para o mercado local ou mesmo nacional, mas para todo o conjunto de mercados do mundo.
A Índia saiu na frente nesse processo e tornou-se um grande centro da economia criativa, tendo Bollywood, como um dos seus símbolos.
Os projetos do Porto Digital, assim como do CESAR ainda são tímidos, cautelosos e conservadores. Será necessário ousar mais, correr mais riscos para aproveitar a oportunidade de transformar Recife numa cidade mundial da economia criativa.
Os projetos de revitalização do centro tem a mesma característica de romantismo, do projeto fluvial, baseado na história e na cultura. Esses não tem volumes econômicos suficientes para promover a revitalização imobiliária. Dependeriam de um fluxo turístico que, na prática, está mais interessado em outras atrações do que o Recife histórico. Esse será uma visita complementar, se der tempo, não mais o primeiro item da agenda do turista, em geral. Mas poderá ser o primeiro, dos turistas de cruzeiros marítimos, pela proximidade do porto de atracação.
Mesmo assim, as previsões de demanda se baseiam mais em desejos do que em elementos realistas.
O projeto de revitalização dependerá do eventual sucesso do projeto de transformação do Recife em cidade mundial da economia criativa, comentada acima, cabendo aos urbanistas projetar a ocupação dos espaços pelas empresas, pelos "nerds" e outros, com modernidade, preservando a arquitetura e os monumentos históricos.
A proposta agora é de transformar o rio como um meio de transporte, seja de média distância, para cargas e pessoas, assim como para os passeios turísticos na parte central.
A condição prévia é da sua despoluição, o que depende da efetivação dos programas de saneamento, o que é possível e provável.
Já a sua utilização como meio de transporte depende do setor privado.
Na parte de carga só será viável para o transporte ponto a ponto via hidroviária ou, eventualmente, com integração ferroviária. Se depender do meio rodoviário, a experiência indica que os transportadores, assim como os donos das cargas preferem o porta a porta, sem transbordos, inviabilizando o transporte marítimo.
No transporte de passageiros a sua viabilidade dependerá da escala da demanda que é uma grande incógnita.
Os propositores são otimistas, mas baseadas mais em desejos do que em perspectivas objetivas. De momento, é mais um projeto romântico de modernização da Veneza brasileira.
Faz parte de um conjunto de idéias para revitalizar o centro histórico, conjugando-se com a instalação na Ilha do Recife de um parque tecnológico (Porto Digital) para abrigar empresas de produção de conhecimentos, seja de tecnologia da informação, como de engenharia, e de artes, caracterizada como economia criativa.
Embora seja um setor de grande potencial econômico, com perspectivas, segundo alguns especialistas, de ser o motor do desenvolvimento econômico mundial, depende da escala que precisa ser mundial. Ou seja, a produção não deve estar voltada apenas para o mercado local ou mesmo nacional, mas para todo o conjunto de mercados do mundo.
A Índia saiu na frente nesse processo e tornou-se um grande centro da economia criativa, tendo Bollywood, como um dos seus símbolos.
Os projetos do Porto Digital, assim como do CESAR ainda são tímidos, cautelosos e conservadores. Será necessário ousar mais, correr mais riscos para aproveitar a oportunidade de transformar Recife numa cidade mundial da economia criativa.
Os projetos de revitalização do centro tem a mesma característica de romantismo, do projeto fluvial, baseado na história e na cultura. Esses não tem volumes econômicos suficientes para promover a revitalização imobiliária. Dependeriam de um fluxo turístico que, na prática, está mais interessado em outras atrações do que o Recife histórico. Esse será uma visita complementar, se der tempo, não mais o primeiro item da agenda do turista, em geral. Mas poderá ser o primeiro, dos turistas de cruzeiros marítimos, pela proximidade do porto de atracação.
Mesmo assim, as previsões de demanda se baseiam mais em desejos do que em elementos realistas.
O projeto de revitalização dependerá do eventual sucesso do projeto de transformação do Recife em cidade mundial da economia criativa, comentada acima, cabendo aos urbanistas projetar a ocupação dos espaços pelas empresas, pelos "nerds" e outros, com modernidade, preservando a arquitetura e os monumentos históricos.
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