segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Viabilização da cidade compacta

Numa grande metrópole como é a maioria da capitais brasileira não é viável, reunir toda sua população numa área em torno de 4 milhões de m2, dentro da qual as pessoas possam realizar todas as suas atividades urbanas, movimentando-se sem meios motorizados.
Corresponde a um pequeno bairro, sendo até menor que alguns dos bairros planejados que estão sendo lançados pelo Brasil.
Os edifícios poderiam ser verticalizados, com até 50 andares, tornando os elevados os principais meios motorizados de deslocamentos das pessoas.
Na superfície deverão ser preservadas áreas verdes, e para a circulação, ruas e calçadas. 
As ruas deverão ser suficientes para o fluxo e para os acessos às garagens que deverão manter os carros mais tempos parados do que fora e em movimento. 

Para viabilizar os núcleos compactos, uma coisa é um bairro planejado novo e outro ajustar um bairro pré-existente que receba uma estação de metrô e deva ser ajustado para sua compactação.

Como promover a sua ocupação pelos diversos serviços e comércio para viabilizar o atendimento à população lindeira, sem o uso do automóvel?

Como planejar as vias de circulação para veículos e as calçadas?

Duas questões prévias devem ser consideradas sobre os automóveis. Moradores do entorno, um pouco mais distantes gostariam ou procurariam chegar próximo à estação do metrô, para seguir ao seu destino de metrô. Essa transferência intermodal reduziria o fluxo de veículos nas vias estruturais, com linhas metroviárias paralelas, mitigando os congestionamentos.

Para facilitar e incentivar tal transferência o motorista deve dispor de estacionamentos junto ou próximo à estação, com grande volume de vagas e preços menores do que os vigentes nos seus locais de destino, preferencialmente com os mesmos integrados à tarifa do metrô.
Uma condição para o bom funcionamento do modelo é a facilidade de acesso aos estacionamentos, evitando os congestionamentos nas vias públicas, tanto para o ingresso, como na saída.

Por outro lado, é preciso manter a possibilidade de dirigentes, empresários e clientes poderem chegar aos seus escritórios ou lojas, a partir de locais mais distantes, com o seu carro e poderem estacioná-lo.

Restrições excessivas aos carros podem enfraquecer o comércio, assim como a ocupação das salas ou espaços corporativos, promovendo a degradação econômica da área. 
Os principais empregadores nem sempre estão dispostos a morar próximos do escritório ou loja e a dispensar o seu carro. Ainda que sejam minoria devem ser considerados.

A geração de empregos não ocorre automaticamente, mas por decisão dos empregadores, e entre as condições de incentivo para que eles gerem os empregos está o seu acesso ao local de trabalho com o seu carro. No entanto, essa condição deve ser onerosa para que as facilidades não se tornem uma forma de atração de automóveis.

Um comentário:

  1. Isso me lembra a estória, já contada por ti, sobre as superquadras de Brasília.

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