domingo, 1 de dezembro de 2013

As mudanças propugnadas

As pesquisas de satisfação (ou não) com o Governo e de intenções de voto, indicariam uma preferência maior pela reeleição da Presidente mas, ao mesmo tempo, uma parcela superior que reclama por mudanças.
Que mudanças seriam essas?
Economistas e autoridades apressadamente como mudanças na política econômica. Mas isso para o povo é muito exotérico. Ele trabalha mais com resultados e com a percepção que caracteriza o "imaginário popular".
Dentro desse, uma principais mudanças desejadas é o fim da corrupção. 
O povo está cansado de ver todos os dias surgimento de casos de corrupção, que ao ver dele seriam evitáveis. Acha que uma das causas maiores é a impunidade. Acha que, quem tem dinheiro para pagar bons advogados escapa da cadeia e continua praticando as mesmas falcatruas.
A prisão dos "mensaleiros" alivia um pouco a pressão. Tem a aprovação da maioria, ficando a exceção com militantes petistas que insistem em vender um peixe da injustiça, de regime de exceção e ilegalidade.
Independentemente de quem foi atingido, e da sua história pregressa, a prisão tem um caráter simbólico: é percebido como um golpe na impunidade: poderosos e ricos também vão para a cadeia.
Essa mudança já estaria ocorrendo e não seria necessário trocar o Governo, porque essa já teria feito. Dilma, sabidamente, não contesta as prisões, porque isso seria interpretado como defesa da impunidade. Deixa isso para os militantes do PT. Lula também presta solidariedade mas não vai contra.
Melhor para o projeto de poder do PT eles se passarem por mártires: aqueles que se sacrificaram para satisfazerem a "sanha" do povo que quer ver corpos imolados. É o que pretenderia José Genoino.

As duas principais reivindicações seguintes são com relação aos serviços públicos de saúde e de educação.
As percepções são diferentes em função da renda, diversamente do caso da impunidade, que é generalizada.
Os mais pobres que dependem dos serviços públicos querem o atendimento por médicos, independentemente da tecnologia. 
O Governo está tentando atendé-los mediante do programa Mais Médicos e com os médicos cubanos, nos grotões e nas periferias. Nos grotões dará certo, mas isso não deverá resultar em muitos mais votos.
O problema maior estará nas periferias urbanas, onde a presença do médico é necessária, mas não suficiente.
Mas, para vencer o Governo, neste quesito, que já estaria fazendo as mudanças, é preciso muita criatividade e demonstração de resultados. Eduardo Campos, aparentemente, teria mais o que mostrar, mas não tem propostas ousadas e inovadoras, como é o Mais Médicos.
Já os mais ricos pouco usam o sistema público e tem dele impressões a partir de casos pontuais, principalmente de empregados que lhes atendem, e do que vê ou lê pela mídia.
A classe média se vale - predominantemente - dos planos de saúde privados e suas reivindicações são em relação aos reajustes que sempre considera abusivos e as restrições de atendimento. 
A tal de "educação de qualidade" é mais simbólica do que real. Em  2014 o mais simbólico poderá ser o "padrão FIFA".
Todo mundo quer, mas enquanto os resultados forem ruins, continuará sendo exigido.

E a Copa poderá derrotar todos os governantes. Só a taça os salvarão.








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