Haddad teve boas idéias para modernizar a cidade, mas colheu mais fracassos do que sucessos. A razão principal foi a visão intelectualizada, ideologizada e idealizada do funcionamento da cidade e não das suas dinâmicas reais.
Foi mais um professor tentando concretizar as suas teorias do que um gestor.
Foi mal na implantação dos projetos sociais na educação e na saúde.
Foi um fracasso no problema da "cracolândia" .
Tentou encaminhar a diretriz de instalar a população de baixa renda no centro da cidade ocupando - legalmente - edifícios vazios. Pouco conseguiu. Fracassou na tentativa de criar condôminos mistos com ocupação concomitante de pessoas e famílias de média e baixa rendas.
Fracassou também na tentativa de levar empregos para a Zona Leste.
Foi bem sucedido no fechamento da Av Paulista aos domingos, gerando uma área de lazer para toda população, principalmente para a população de renda média das periferias que puderam vir à 'cidade'.
O seu mais vistoso projeto - o de ciclofaixas - alcançou as metas de extensão, mas não criou a demanda.
Foi bem sucedido na visão humanista, com a redução das velocidades dos veículos automotores nas vias públicas. Reduziu os acidentes e vítimas, mas não melhorou a mobilidade urbana.
O seu maior fracasso em relação ao planejamento da cidade foi com o Arco do Futuro. A sua visão futura da cidade é a de deslocar o polo dinâmico, às margens do rio Pinheiros, para as margens do rio Tietê, alcançando a Zona Leste. Estabeleceu um bom Plano Diretor, apesar de alguns senões.
Ser melhor que Haddad não é um grande desafio.
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