As primeiras ondas do "tsunami" Odebrecht já chegaram na forma de vazamento seletivo. O que não é contido, tampouco investigado com seriedade pelo Procurador Geral da República. Passa a impressão até que promove os vazamentos, para atender à sanha da mídia e da opinião publicada.
O açodamento poderá fazer com que muita coisa seja anulada e grande parte dos políticos envolvidos só vá responder após 2019.
Terão que passar pelo crivo do eleitor. Aqueles que forem desaprovados e não forem reeleitos cairão diretamente nas mãos do Juiz Sérgio Moro.
Fora a grande espuma que o tsunami causará, com grandes perturbações pessoais, mas sem romper a estrutura democrática, o momento decisivo para mudar radicalmente a política brasileira se dará em 2018.
O julgamento mais importante não será do Juiz Sérgio Moro, tampouco do STF. Será do eleitorado brasileiro.
O Senador Renan Calheiros, na prática, encerra o seu mandato de Presidente do Senado, embora formalmente só se encerre em fevereiro de 2017. Mas o Senado entra em recesso, com uma semana de antecipação para alívio dos magistrados e procuradores, mais preocupados com seus supersalários e prerrogativas do que com o tsunami Odebrecht.
Renan Calheiros não poderá ser reeleito Presidente do Senado em 2017 e terá o seu mandato encerrado em 2018 (mais precisamente no início de 2019), se não for cassado antes. O que é pouco provável.
Poderá voltar pelo voto dos eleitores de Alagoas. A menos que se torne inelegível, pela Lei da Ficha Limpa.
Ele não será reeleito com os votos dos paulistas, cariocas e outros. Poderá ser reeleito pelo povo alagoano que tem direito a eleger em 2018 um Senador como todos os demais povos estaduais.
Quem vai convencer os eleitores alagoanos a não reelegê-lo Senador, ou mesmo deputado federal?
Serão os movimentos populares na Avenida Paulista, ou na Avenida Atlântica, com tabuletas ou faixas "Fora Renan"?
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
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