São tratadas como ações isolados de vandalismo, por pequenos grupos de vândalos, muitos deles menores.
No entanto, a reiteração e o volume das ocorrências requerem avaliações melhor das suas razões, principalmente tendo em vista as repercussões.
Ocorrem em periferias e os primeiros a serem prejudicados são os moradores que tem uma piora do serviços, com a redução de ônibus em circulação, ainda que tenham sido das reservas técnicas. Agora piora com a não circulação dos ônibus em horários mais avançados. Os moradores vão ficar ainda mais isolados e alguns com problemas de emprego e trabalho.
A destruição dos ônibus prejudica os planos do Prefeito, que tem na melhoria dos serviços por ônibus a sua principal prioridade de implantação, com o estabelecimento das faixas de ônibus e a perspectiva de construção dos corredores e operação dos BRTs.
As maiores ocorrências são na periferia da Zona Sul do Município de São Paulo, o principal reduto eleitoral do PT e, mais precisamente, dos Tatos, sendo um dos irmãos, Jilmar, o Secretário Municipal de Transporte;
Será apenas uma reação da população ou há "algo mais no ar além dos aviões?"
O que querem os vândalos? Como a população local vai reagir?
A opinião publicada fica chocada, mas não passa disso. A mídia só dá cobertura no dia sobre a ocorrência e agora vai ficar na demonstração dos números. Só dará maior importância se resultar em mortes, mais ainda se for de crianças. Afinal não a afeta diretamente. Os incêndios de ônibus não ocorrem nos bairros de classe média. E a opinião publicada anda de carro.
Supostamente as ações são praticada por grupos e motivações distintas. Haveria a retaliação de grupos criminosos contra as autoridades pela prisão ou morte de companheiros. Outra parte seria de moradores em reação à atropelamentos, enchentes ou mesmo mortes, percebidas como injustificáveis de jovens locais.
O que eles pretendem? Por que se voltar contra os ônibus?
Porque seriam símbolos da autoridade? do Poder Público?
Os objetivos das facções criminosas é de confronto. A retaliação é um processo sucessivo: "olho por olho, dente por dente". É a barbárie, mas ainda presente. Isso choca a opinião publicada. Essa quer uma ação pública para estabelecer o processo civilizatório.
Mas, quais seriam os objetivos dos próprios moradores, que praticam essas ações?
Seria para chamar maior atenção das autoridades para as suas comunidades? Na prática o que conseguem é maior presença policial. O que não quer dizer - necessariamente - maior segurança. Os serviços públicos não melhoram. O de ônibus pioram.
Mas porque queimar os ônibus se os primeiros a serem prejudicados são os moradores locais? Será que eles acham que queimando os ônibus as autoridades irão tomar providências para melhorá-lo? Será que querem maior segurança, mas a presença policial poderia só aumentar os casos geradores das revoltas.
Por que os próprios moradores não controlam os seu jovens? Seriam eles os nem-nem-nem? Nem estudam, nem trabalham, nem estão ai.
Assim como ocorreu com o episódio dos rolezinhos, a opinião publicada, as autoridades não conseguem entender a cultura e as motivações das comunidades periféricas.
Eu confesso a minha incompetência.
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