Não se iluda. Não fique achando que só ocorre com os outros.
Você está em risco de ser contaminado. Qualquer lugar que
você vá ou com quem que se encontre e cumprimente pode ser contaminado. Não
se desespere. A maior parte dos casos não é grave.
O mais importante é que você não contamine outros. É uma responsabilidade
pessoal e social. Você precisa ter consciência de que sendo contaminado, por
não atende as orientações das autoridades de saúde e contaminando outros, pode
se tornar assassino. Seria naturalmente um delito culposo. Mas sabendo dos
riscos, manter atividades ou relacionamentos temerários, pode causar mortes.
Por falta de assistência sanitária. Torna-se um crime doloso.
Ai reside o principal problema. Como todos os surtos
viróticos têm começo, meio e fim. Começa
com uma pequena evolução, ganha força, com aumentos exponenciais, vale dizer
excepcionais, podendo dobrar o número de contaminados, dia a dia.
Com esse crescimento, muitos morrerão, por não poderem
contar com a devida assistência médico-hospitalar. Foi o que ocorreu,
inicialmente, na China, se repetiu na Itália e agora na Espanha.
A par das medidas preventivas, focadas principalmente na educação
das pessoas, para que lavem, constantemente, as mãos e, quando não puderem,
usem álcool gel, a estratégia nacional principal está em promover o achatamento
da curva de contaminação. O que poderá promover uma duração maior do surto, mas
causará menos óbitos.
O sentido da política pública, sanitária, comandada pelo Ministro
da Saúde, Luís Henrique Mandetta, está no caminho certo. Apesar da resistência de
alguns, entre eles o Presidente da República, que não está entendendo a
estratégia. Ele não consegue deixar a sua natureza de rebelde.
Mas a estratégia liderada por Mandetta, com o apoio dos
principais especialista em saúde, tem todas as condições de dar certo. O número
de contaminados irá crescer, mas não tão aceleradamente. As medidas irão
proteger a população mais vulnerável, que são os idosos pobres. Os quais
dependem exclusivamente do SUS. A existência do SUS, apesar de todas as suas deficiência,
dá ao Brasil condições melhores para enfrentar a epidemia do que outros países,
mais ricos.
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