Ontem, Celso Pinto, nos deixou definitivamente. Há muitos anos estava "fora de combate", por conta de um AVC, após dois enfartes, em curto tempo.
Foi, sem dúvida, o melhor jornalista econômico, de quem tenho orgulho de ser colega, apesar de não ter a mesma competência e brilho: ele escrevia sobre economia sem ser economista.
Esse foi o seu maior valor: como jornalista traduziu para os leitores - em geral - o que ocorria na economia mundial e no Brasil. Fez escola, mas nenhum com a sua competência.
Já o conhecia, como leitor, da Gazeta Mercantil, acompanhei - através de amigos - da sua empreitada em substituir aquele que havia sido o melhor jornal econômico brasileiro, antes do Valor.
Circunstâncias pessoais me levaram a conhecer pessoalmente o casal Celso e Célia: como pais de amigos dos filhos, frequentando as mesmas reuniões de pais do Vera Cruz.
Lula era o melhor colega e amigo do Ricardo, o meu caçula. Moravamos perto, Lula era frequente em casa, foi conosco a Ubatuba, em muitas férias, conde ficou conhecido como Azul. Porque um dia foi com o cabelo todo pintado de azul.
Mantiveram a mesma amizade depois da escola. Foram ambos estudar, morar e trabalhar em Campinas. Interessados em informática, começaram um projeto inacabado de criar um aplicativo de jogos. Ambos se etornaram internacionais, mas Ricardo de forma mais definitiva. Há vários anos tornou se CTO de uma startup, na Austrália.
Acompanhei os enfartes do Celso, mas ele logo se á recuperou o voltou à atividade. Mas um fulminante AVC, na quadra de tênis (ou teria sido na academia de ginástic
a) o tirou do combate. O jornalismo econômico ficou mais pobre, mas sempre com a esperança do seu retorno. Agora foi definitivo: perda inestimável.
Como diretor do Valor deu cobertura às minhas eventuais colaborações, publicando-as prontamente. Tive essa honra.
Uma imensa perda profissional e pessoal,
Quem mais perde é o Brasil. Que no meio de tanta mediocridade, perde definitivamente as mais lúcidas falas e letras sobre a economia.
Ver o que não é mostrado - Enxergar o que está mostrado Ler o que não está escrito Ouvir o que não é dito - Entender o que está escrito ou dito
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