O amanhã será pior do que hoje.
O mundo está diante de três crises interligadas e consequências desastrosas para o capital acumulado.
A primeira das crises que dá origem as demais é de natureza sanitária: o rápido alastramento de um coronavirus mutante, para o qual ainda não se tem vacinas adequadas.
Mesmo com a taxa de letalidade mais baixa que outros virus, mais comuns, a amplitude do contágio leva a um grande número de mortes, levando as populações ao pânico.
Iniciando em Wuhan, na China, um importante polo de produção industrial de partes de equipamentos de informática e, também, um grande polo turístico, contaminou muitos turistas estrangeiros, tanto de negócios, como de lazer, que levaram o vírus, ou por onde passaram em circuitos turísticos de lazer e finalmente ao seu país de origem quando retornaram a esse.
Essa movimentação internacional de pessoas, disseminou o vírus por todo o mundo. Mediante pessoas de alta e média alta renda. Os mais pobres, por não terem condições econômicas para o turismo internacional, não foram aos polos de geração primária e secundária do vírus.
Ao retornarem já contaminados, esses turistas contaminaram familiares, amigos próximos e colegas de trabalho.
No Brasil são relativamente poucos, alcançando agora a faixa de 1.000 suspeitos, 100 contaminados, mas nenhum óbito. Todos de pessoas que viajaram para o exterior ou tiveram contacto com elas.
Se o coronavirus ficar restrito a esse grupo, o surto, no Brasil será debelado em pouco tempo, com a cura dos já infectados ora em tratamento. Poderá haver óbito, mas será em escala mínima.
Com as restrições de viagens, assim como as medidas de controle na chegada de passageiros, os já infectados, assim como os suspeitos - por terem contacto com o doente - serão logo isolados. A disseminação será contida.
Mas o problema estará na terceira onda que será a contaminação de trabalhadores domésticos nas residências dos infectados, assim como os trabalhadores nos escritórios, por exemplos, faxineiras, e outros que são usuários contumazes de transporte coletivo.
A difusão entre a população de menor renda, chamada pelas autoridades de saúde, como contaminação comunitária ou sustentável é o grande receio sanitário.
Foi essa contaminação comunitária que levou à explosão de casos na Itália, na Coreia do Sul e também no Irã.
As estimativas mais pessimista indicam cerca de 460 mil infectados, nos próximos dois meses.
Irá provocar o colapso do Sistema de Saúde Pública que não terá condições de atender a todos. Alguns poderão vir a falecer, por falta ou insuficiência de atendimento adequado.
O cenário pessimista tem fundamento na resistência da população em aceitar a gravidade da situação. Muitos acham que é um alarmismo excessivo, alimentado pela mídia, por interesses escusos. E não aceita adotar medidas preventivas.
Prevalece o "isso só acontece com os outros", até que o vírus chega em sua casa, no seu trabalho ou na roda de amigos.
O Presidente Bolsonaro liderava essa postura, tentando tranquilizar a população, por uma versão de ser apenas "uma gripezinha".
Até que chegou muito próximo a ele, foi obrigado a se recolher e se submeter aos exames.
Bolsonaro, com máscara é o principal desmentido da sua posição anterior. Mesmo que dê negativo, não pode mais desmentir a sua imagem anterior.
Levará a população - em geral - a acreditar mais nos riscos e se prevenir, embora sempre vá haver renitentes.
O cenário pessimista da contaminação comunitária, ou sustentável, deverá dar lugar ao cenário moderado, com uma amplitude de contaminação mais baixa e um tempo de superação mais rápida.
Por este cenário o surto - no Brasil - deverá estar debelado até o final do ano, com um pequeno número de casos fatais.
O pico de contaminação poderá ocorrer com o início do inverno.
Já o cenário otimista desenha um quadro de contenção da difusão, por conta das medidas preventivas e dos cancelamentos de eventos artísticos de massa, jogos de futebol, com portões fechados e outros. Neste caso, até o final de abril, o surto estaria contido, no Brasil.
Aqui estamos no referindo à crise sanitária, que é a fonte da geração de várias crises econômicas.
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