Internet das coisas, conectando diretas as “coisas” entre
si, independente da intervenção operacional do homem, é um dos principais
propósitos das inovações tecnológicas do mundo.
Os vírus não se propagam através das coisas, mas eventuais
paralizações de produção afetam as cadeias produtivas e os relacionamentos
entre partes de produtos industriais de todo o mundo. Existe o vírus das
coisas, que se espalha mundialmente.
O sistema produtivo mundial evoluiu no sentido da
desagregação das cadeias produtiva por todo o mundo, com a concentração em
alguns países da produção de partes específicas.
O vírus se espalha junto com a descentralização concentrada da
produção industrial.
Diante da persistência do vírus cuja expansão estaria
controlada na China, mas que já escapou para outros países, cabe indagar se o
modelo de globalização que ora está implantada subsistirá ou será ajustada
estruturalmente para garantir a segurança industrial?
Duas são as alternativas básicas: o tradicional
nacionalismo, com os países buscando, cada qual, ser mais autossuficiente para
atender ao seu mercado interno. É uma solução para o mercado interno, mas inadequada
para as empresas que exportam. O exportador, deve ser também importador. Estará
mais sujeita à insegurança industrial, mas com vantagem no aumento do
faturamento e de escala de produção.
A alternativa está na descentralização com desconcentração,
com diversos países produzindo o mesmo produto, por várias empresas, ou dentro
de uma mesma corporação. Neste caso, uma mesma multinacional produz o mesmo
produto em muitos países. Sacrifica a escala, mas ganha na segurança
industrial.
A especialização produtiva num único país, tenderá a ser
substituída pela diversidade de opções. Isso afetará o papel da indústria
brasileira, dentro da globalização.
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