Como motorista do seu carro, indo da Barra da Tijuca, para
Angra dos Reis para pescar, em companhia do seu dileto amigo Fabrício Queiroz,
não se conformava com as mudanças de velocidade máxima, em curtas distâncias.
Era sucessivamente multado, “perdendo a carteira” por alcançar 20 pontos. Para
recuperar a carteira era obrigado a frequentar o cursinho numa autoescola. Na
bacia de Angra dos Reis foi multado por um fiscal do IBAMA, porque estava em
área de proteção ambiental.
Como muitos, sonhava em ser Presidente da República. Para
que? Para mudar isso tudo. O tudo era o que lhe incomodava pessoalmente.
“Quando eu for Presidente de República, acabo com essa
“indústria da multa”. Acabo com essa “putaria” de quem não tem o que fazer e
fica inventando como “fuder" com a paciência dos outros”.
Milhares, talvez milhões de brasileiros tem a mesma
indignação, mas se conformavam, em geral, calados. Quando alguém se propõe a fazer essas
mudanças, ganha o apoio daqueles e passa a representá-los. Na eleição votaram
nele.
Essa é a principal “birra” de Bolsonaro com Rodrigo Maia. Ele
tem barrado todos os projetos do indignado cidadão Bolsonaro, ora na
Presidência da República. Bolsonaro quer aumentar o número de pontos na carteira
para a sua perda. Maia não deixa. Quer aumentar a validade da carteira de
motorista. Maia trava. Quer acabar com a “cadeirinha” das crianças. Maia não
deixa. Quer acabar com a carteirinha de estudante da UNE, Maia não deixa. Quer
ampliar o uso das armas, para defesa pessoal. O Congresso, sob comando de Maia
e Alcolumbre, cancelam decretos, derrubam vetos. Assim Bolsonaro não vai
conseguir o que gostaria de fazer pelo Brasil, como prometeu e ainda pretende.
Tem mais. Quiz acabar com o DPVAT, o Supremo não deixou.
As divergências de Bolsonaro com o Legislativo e o Judiciário
não são em torno das grandes questões nacionais, a não ser em pontos específicos.
Mas em torno da pauta prioritária do indignado cidadão Jair Bolsonaro.
Então ele convoca todos os colegas indignados a irem às ruas
no dia 15 de março. Não é para ir contra o Congresso, mas para pressionar o
Congresso para aprovar o que gostaria de fazer para mudar o Brasil.
Com isso estaria gerando uma crise institucional. Menitra. Mais
uma “feiqueneu” inventada pela mídia, segundo ele.
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