A análise do comportamento da curva de evolução da contaminação pelo novo coronavirus (SARS-COV 2) no Brasil indica um pequena desaceleração, ainda não consolidada.
Significa que, num primeiro momento, as medidas restritivas de distanciamento social, estabelecidos pelos Governos Estaduais e Municipais tem dado resultados positivos.
Mas aí está o perigo. Pode levar a um relaxamento das restrições e os níveis de contaminação podem acelerar de novo.
O coronavirus não anda de carrinho 1.0. Ele anda de ferraris, com rápida aceleração. Passa para mais de 200 km/hora em poucos segundos.
Questionam-se os números das contaminações, pelas restrições de aplicação de testes. Com a expansão dos testes a quantidade de testes aumentará substancialmente, mas a taxa de aceleração poderá até cair.
O dado mais importante para combater o vírus é o fator de contaminação e a sua velocidade.
Fator de contaminação é o número de pessoas que cada contaminado pode contaminar segundos. E esses terceiros, e assim sucessivamente.
Esse fator, segundo pesquisas do Instituto Butantan teria caido de 6 para 2. Mas sem a transparência da metodologia esses números não são confiáveis.
Há ainda dois flancos vulneráveis na guerra contra o novo coronavirus: as favelas e outras comunidades com grandes aglomerações de pessoas, vivendo em condições precárias e a difusão nacional do vírus.
Não há ainda estratégias eficazes para a contenção da contaminação.
O que chama mais atenção do público é a quantidade de mortos, mas o mais importante é a velocidade da contaminação.
Se o volume de contaminação superar a capacidade de atendimento do sistema de saúde, as mortes irão crescer "absurdamente" por falta de atendimento.
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