Com as praias brasileiras lotadas, com as pessoas aproveitando o sol e a pouca chuva neste final de inverno, congestionando as rodovias em direção ao litoral, bares cheios de jovens e não tão jovens, bebendo e conversando animadamente, sem máscara - afinal não dá para beber com máscara - indica que estamos voltando à normalidade. Não ao novo normal, como muitos desejaram e vaticinaram, mas ao velho normal, com pequenos ajustes.
A sociedade brasileira vem optando pelo Brasil de Bolsonaro e não ao Brasil da Rede Globo, ou ao Brasil responsável.
Não às quarentenas, aos isolamentos em casa, não às restrições ao funcionamento das atividades econômicas, não às restrições ao direito de ir e vir, desfrutar da vida e sair para trabalhar.
O problema não seria a contaminação, mas a falta de medicamentos para tratar os contaminados, mas as limitações de atendimento pela rede hospitalar.
Os Governos Estaduais e Municipais, assim como a rede privada, promoveram o aumento e melhoria das condições de atendimento, mesmo com os desvios dos recursos e algum apoio do Governo Federal. Atualmente, há até ociosidade em várias UTIs, que recomeçam a atender aos pacientes com outras doenças.
Bolsonaro elegeu a coloroquina como o remédio salvador, que o salvou e também as seus familiares. Segundo ele, a cloroquina funciona para os mais fortes ou saudáveis. Os fracos e com outras doenças poderão não sobreviver. Ele está promovendo uma "limpeza genética", tradicional, darwinista: só os fortes sobreviverão. Não diz claramente, mas quer livrar o Brasil dos "bundões".
É também uma reforma previdenciária mais ampla e profunda do que a aprovada pelo Congresso, com redução do déficit no médio prazo. Se a grande preocupação econômico e financeira era o envelhecimento da população, com o aumento maior de inativos do que ativos, que devem financiar aqueles, o coronavirus está matando mais os inativos e seus pensionistas do que os jovens que podem voltar a buscar trabalho.
As mortes diárias pela COVID 19 passam a ser aceitas como parte da vida cotidiana, somando-se às mortes por acidentes de trânsito, pelos homicídios, pelas doenças vasculares e outras. "Todos nós vamos morrer, e se morrermos agora é porque Deus quer assim".
Para Bolsonaro e seus seguidores o problema não é o coronavirus, as contaminações e as mortes. É o alarde que a mídia tradicional faz, principalmente a Rede Globo.
A sociedade brasileira está optando pelo retorno ao velho normal, aceitando ou recusando os riscos, considerando o aumento das mortes, como "fato da vida".
Como será o Brasil 2021 com essa convivência?
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