A população mais pobre, moradores de áreas menos providas de infraestrutura, está mais sujeita a doenças elementares que os de maior renda e moradores em áreas mais urbanizadas não estão (embora não totalmente).
Aquela está mais sujeita a doenças gastrointestinais por falta de saneamento. Também a gripes por falta de recursos para se protegerem das mudanças de temperatura ou a doenças respiratórias, menos complexas, em função da poluição.
Podem ter um atendimento básico, sem grandes recursos tecnológicos e sem a presença de especialistas. Buscam mais orientação médica e medicamentos. Ou o diagnóstico sobre a gravidade da doença.
Poderiam ter um primeiro atendimento por paramédicos, sejam médicos com formação mais expedita ou por outros profissionais de saúde, como enfermeiros, farmacéuticos e até auxiliares de enfermagem, formado para o primeiro atendimento.
No entanto, a corporação médica luta contra esse atendimento, gerando uma grave distorção. Exige que o atendimento às doenças seja feito por um médico, com ampla formação e devidamente registrado. Não permite que os paramédicos façam esse atendimento, exigindo sempre a presença de um médico, mas não estão dispostos a ir aos grotões urbanos e ainda mais rurais, enfrentando uma condição de vida e de atendimento precárias. É uma lógica individual: porque estudar tanto para atendimento elementar que "qualquer um pode fazer". A corporação médica não quer, mas não deixa atender, sem o devido profissional.
Com isso milhões de brasileiro ficam sem qualquer atendimento.
O Governo Federal tenta remediar essa situação com um belo programa, que denominou de Mais Médicos.
Mas o faz de forma falsa, equivocada e aproveita para alcançar outros fins espúrios. É tentar uma solução socialista, dentro do regime capitalista e corporativa, aproveitando para apoiar outros regimes, pretensamente, socialistas. Com a exploração de trabalhadores.
Concorde-se ou não com o programa, é fato real que milhões de brasileiros desatendidos da atenção primária contra doenças estão sendo atendidos. Com algumas distorções, natural dentro de um conjunto tão grande.
Mas por profissionais de saúde, não necessariamente médicos, devidamente formados. Grande parte, senão a maior dos ditos médicos cubanos são paramédicos. Suficientes para o primeiro atendimento. E para encaminhamento aos médicos.
Na realidade o programa governamental deveria se chamar "Mais paramédicos".
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terça-feira, 2 de setembro de 2014
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