sábado, 13 de setembro de 2014

O jogo se decide na prorrogação

Em termos eleitorais significa decisão no segundo turno, se houver.
Um candidato que está bem à frente, digamos ganhando de 2 x 0, ficará na defensiva buscando evitar que o adversário surpreenda, marque 2 gols fulminantes, empate o jogo e o leve à prorrogação.
O adversário em desvantagem, buscará o empate.
Mas quando o jogo está empatado o adversário mais fraco buscará mantê-lo.
Aquele que ficou fora da final tem que pensar nas eleições futuras. 
A tendência, dos times - jogadores e técnicos - no entanto, é só pensar no imediato e não na batalha futura. E ai que os bons estrategistas ganham a guerra.

Aécio é um mau estrategista: vai perder a eleição de 2014 e por incompetências estratégicas - atropelado por circunstâncias - está comprometendo o seu futuro político. Apesar de ser mineiro, neto de Tancredo Neves, não soube reagir como político mineiro.

Dilma também está se mostrando má estrategista, tentando ainda ganhar no tempo normal, isto é, no primeiro turno, evitando o segundo. Para isso está colocando todo o seu imenso arsenal nas batalhas. Corre o risco de ficar "sem munição" no segundo turno.

A principal disparidade de munição está no tempo de televisão e rádio. No segundo turno os tempos serão iguais. Dilma perderá a vantagem que tem agora.

Priorizou o ataque de "desconstrução" da adversária, com todas as suas forças. Se com isso não conseguir ganhar no primeiro turno, terá criado na adversária todos os anticorpos, todas as defesas. 

Por outro lado, Marina Silva, até porque não dispõe de munição não está podendo usar todo seu potencial, resistindo na defesa "fechando o campo".

No segundo turno terá um reforço de munição. 

Poderá passar para o ataque, conhecendo bem como a adversária irá jogar, com um time mais cansado. 


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