Rebelião do PCC em presídio |
Nesse o conjunto das facções é mais relevante que o PCC, porém as diversas facções estão em conflito por disputas de espaços e poder dentro das comunidades/ favelas e enfrentam ainda a concorrência das milícias privadas.
PMs em favela no Rio de Janeiro |
Apesar do grande esforço e sucesso inicial, o fato real é que o Governo Estadual não conseguiu assumir o controle efetivo das comunidades, expulsando o tráfico e seus agentes. E passou a enfrentar a reação do tráfico, com o assassinato de policiais.
A gravidade da situação está na perda do receio dos criminosos em enfrentar a polícia.
Para assegurar a tranquilidade pública durante a Copa a cidade do Rio de Janeiro dependerá da presença maciça e ostensiva das Forças Armadas, à semelhança do que ocorreu durante a Rio 2000.
A imagem externa da cidade poderá ficar comprometida, mas a sensação de segurança será maior. As ocorrências serão pontuais.
Está "tudo controlado" ou "tudo sob controle".
Em São Paulo a situação é diferente em função de uma liderança inconteste de um bandido inteligente e violento que tem objetivos muitos claros: superar o Estado no poder sobre a segurança pública.
A sua estratégia, para a qual usa ou manipula os defensores dos direitos humanos e a mídia, é o de enfraquecer o Poder do Estado e "conscientizar" os criminosos que não devem ter medo da policia e devem enfrentá-los.
Procura criar um ambiente fundamentalista em que eventuais prisões ou mortes são "danos colaterais" e os familiares dos soldados fiéis não ficarão desamparados. Em contrapartida os traidores serão perseguidos até a última geração. É a antiga, mas presente, dominação pelo medo.
Esse medo é também transmitida às autoridades públicas, incluindo membros da magistratura.
A sua estratégia durante a Copa é aproveitar as disputas e vaidades políticas e os desvios de atenção das autoridades policiais para promover ataques "pipocas" com o objetivo de desmoralizar a Segurança Pública Estadual.
O primeiro elemento da estratégia é trabalhar com a suposição, a mais provável, de que o Governo do Estado não vai aceitar a sugestão do Governo Federal de colocar tropas das Forças Armadas para reforçar a capacidade policial. Assumem que o Governo Estadual só vai aceitar a colaboração nas atividades de inteligência, sem a presença ostensiva das tropas, como no Rio de Janeiro. Por questões de orgulho e de supostos impactos eleitorais.
O Governo Alckmin não quer deixar flanco para o PT acusar o seu Governo de incompetente e que precisou do socorro federal.
Se o Governo Estadual pretender cuidar da segurança pública apenas com os seus efeitos militares e civis, a estratégia dependerá do desvio de atenção com as demais ameaças. O PCC, provavelmente contava com a continuidade das manifestações de ruas e a ação dos black-blocs para dividir os esforços e recursos policiais. Essa ameaça está - aparentemente - contida, mas uma eventual redução dos contingentes para monitorar e atuar, se necessário, nas manifestações de rua poderão faze-las recrudescer. E não pode ser descartada a hipótese do PCC recrutar black-blocs ou colocar alguns dos seus soldados disfarçados como tal para provocar desordens e manter a atenção policial.
Dentro de uma perspectiva beligerante as táticas envolverão ações criminosas para a provocação da policia, levar a prisões e homicídios, nas comunidades pobres e gerar a reação da população. A reação dessa será logo a de queimar ônibus o que envolve também objetivos econômicos. Em grande parte da Região Metropolitana de São Paulo, os serviços de vans são dominadas pelo PCC.
O objetivo fundamental é demonstrar aos criminosos a incapacidade do Estado em controlar a criminalidade e que eles não devem ter medo da polícia. Devem enfrentá-la, sem medo de revide ou retaliação.
Perdas ou baixas são danos colaterais das batalhas: "guerra é guerra".
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