quinta-feira, 10 de abril de 2014

O FMI não acredita na Copa

O Governo Federal faz um grande esforço para tentar convencer a sociedade de que a Copa trará grandes beneficios para a economia brasileira, contribuindo para um aumento do PIB. Já contratou renomadas consultorias, mais a FGV a FIPE e outras instituições para demonstrar as suas hipóteses otimistas.


Não consegue, no entanto, convencer o FMI que já reduziu as previsões de crescimento do PIB para o ano de 2014, o ano da Copa da FIFA no Brasil. Pelas análises dessa famosa (mas no sentido negativo para o Brasil) a inflação está resistente, será necessário continuar aumentando os juros para conter a demanda. 
Ou seja, o brasileiro terá que gastar menos, inclusive com as despesas com a Copa. Os gastos dos turistas brasileiros, na Copa, deverá ser menor do que os estimados. O impacto positivo da Copa sobre a macroeconomia ficará na dependência dos gastos dos turistas estrangeiros.

A persistência da inflação neste começo de ano é debitada ao clima. A expectativa governamental é que com a redução das temperaturas os preços dos alimentos voltem aos patamares considerados normais.

Mas nos próximos meses o Brasil terá que enfrentar a inflação da Copa. Uma parte já foi antecipada em função do Carnaval: a elevação dos preços do transporte aéreo.

Os hotéis já elevaram os preços e no período da Copa, os alimentos fora de casa vão aumentar. 

A esta altura só poderá haver uma contribuição da Copa a favor da economia: um grande fracasso de demanda, levando os agentes econômicos a baixar os preços Copa, promovendo uma deflação pontual. 

Isso poderá acontecer?

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