O estudo feito pela FIPE para avaliar os impactos econômicos da Copa das Confederações, fez 17 mil entrevistas com turistas nas seis cidades que sediaram os jogos.
Dentro do esperado, a estimativa foi de um pequeno volume de turistas estrangeiros - 25.630 e predominância absoluta dos turistas nacionais - 247.637.
Os turistas estrangeiros para a Copa, permanecem no país, um tempo maior que os usuais, passando por várias cidades, assistindo a mais jogos no local, ou acompanhando a sua seleção. Com isso a permanência média foi de 15,7 dias no país.
A quantidade menor foi em Brasília, onde ocorreu apenas o jogo de abertura, com a passagem de 2.386 turistas permanecendo, em média 5,2 dias.
Já no Rio de Janeiro, onde ocorreram mais jogos a frequência e a permanência foram maiores: 17.309 turistas e 9,4 dias.
Segundo a EMBRATUR, o maior grupo foi dos mexicanos, promovidos por uma agência focada em trazê-los para as Copas. Deverá repetir o feito na Copa do Mundo, tendo até mesmo fretado um dos maiores e modernos navios de cruzeiro, para hospedar e seguir a seleção mexicana e outros jogos.
Os norte-americanos formaram o segundo grupo, apesar da sua seleção não participar da Copa das Confederações. Uma grande parte é aficcionada do soccer, gosta de acompanhar os bons jogos e não apenas da sua seleção.
Será o maior contingente de turistas estrangeiros na Copa do Mundo 2014, como já indica a distribuição por país dos ingressos vendidos para a Copa.
A maior parte deles virá para ver os melhores jogos o que leva a prever uma concentração nos locais onde jogarão Brasil, Espanha e Alemanha. Dada, no entanto, a maior procura dos jogos dessas seleções, poderão buscar jogos do segundo pelotão. Ou se reservar para vir apenas para a fase do "mata-mata".
Deverão circular menos que os que virão para acompanhar a sua seleção, o que deverá ocorrer com os argentinos, mexicanos e, eventualmente, os colombianos.
Sem dúvida, haverá um pico de turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, mas - provavelmente - com uma permanência menor do que a da Copa das Confederações.
A quantidade total será inflada pelos argentinos, que farão o "bate-volta", vindo e indo várias vezes, para acompanhar a sua seleção.
Duas grandes indagações ainda ficam "no ar": o que acontecerá com o fluxo turístico normal nos meses de junho e julho, que não se interessa pela Copa? Qual será o fluxo turístico pós-Copa?
A principal indagação será em relação aos norte-americanos, aficionados do soccer: eles voltarão ao Brasil? Ou preferirão acompanhar os jogos dos campeonatos europeus?
Ficarão encantados com as belezas naturais, atraindo-os para novas viagens ou recomendações a terceiros?
E no geral, a "pergunta que não quer se calar": na viagem e permanência no Brasil, perceberão mais as vitrines ou as vidraças?
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