Surpresa, sim. Mas não tanto.
Os EUA são vistos como um país do beisebol ou do futebol americano, como jogos de campo dominando o interesse dos aficionados por esporte. O basquetebol seria o mais popular. O futebol que aqui conhecemos, denominado de soccer ainda seria um esporte menor. E o soccer feminino teria maior popularidade do que o masculino. A seleção feminina norte-americana já conquistou diversos títulos mundiais e seria o esporte preferido dentro dos colégios. O soccer seria um esporte menor com pouca cobertura pela mídia, o que gera a impressão de falta de interesse dos norte-americanos.
Pesquisa indicaria que 2/3 dos norte-americanos não se interessam e não vão acompanhar a Copa. Parece um dado negativo, mas não é. Visto pelo lado otimista da garrafa meio cheia, 1/3 poderiam se interessar e isso representa cerca de 100 milhões de habitantes. Dos quais grande parte com média e alta renda.
Dentro desse universo, 60 mil são "peanuts": 0,06 %.
Mas o que faz com que esses 60 mil se disponham a vir ao Brasil para acompanhar a Copa? Seriam a TV e a globalização.
Provavelmente o maior interesse dos aficionados norteamericanos é pelo futebol europeu, não pelo soccer local, nem mesmo pelo sulamericano.
Alguns dos aficionados já estiveram na África do Sul e agora tem a oportunidade de acompanhar num país mais próximo os jogos das suas seleções preferidas, ou dos jogadores preferidos. Como Cristiano Ronaldo que joga na Espanha, mas virá ao Brasil pela seleção portuguesa. Ou Messi que jogará pela seleção argentina.
Tanto o Brasil, como a Argentina, fortes candidatos à Copa, são seleções de jogadores europeus.
Mas também há os fanáticos que acreditam que a seleção
norte-americana superará o Grupo da Morte, no qual caíram na primeira fase, e
conquistará a Copa. Seriam a torcida organizada da seleção norte-americana, com
cerca de 18.000 integrantes, seguindo a equipe em todos os jogos. Viriam em
aviões fretados.
Embora a FIFA não tenha divulgada a distribuição dos ingressos adquiridos pelos norte-americanos por cidade ou por jogos, os indícios são de que a procura maior não é pelos jogos da seleção norte-americana.
Como a FIFA só anuncia que os ingressos foram vendidos a residentes nos EUA, sem distinção da cidade e da nacionalidade é possível que muitos dos compradores sejam imigrantes, inclusive de brasileiros morando nos EUA.
Até porque a primeira etapa foi por sorteio e muitos foram aquinhoados com ingressos em jogos menores, nos quais a procura e concorrência era menor. Segundo sítio da Prefeitura de Salvador, muitos norte-americanos ficaram com ingressos para o jogo Bósnia x Irã, na Fonte Nova, no dia 25 de junho e para o qual ainda estão sobrando ingressos. Ou seja, fora ser azareado, ninguém quer. Já os sortudos poderão ver Espanha x Holanda, em Salvador, no dia 13 de junho.
Em função da curiosidade de ver e acompanhar as seleções, uma grande parte dos norte-americanos poderá se limitar ao Nordeste Brasileiro.
Nem todos ficarão a temporada toda. Uma parte virá somente para a fase dos grupos. Outra virá apenas para a fase dos "mata-mata".
Uma outra hipótese levantada por colunistas norte-americanos seria o interesse de alguns turistas norte-americanos pelo turismo sexual.
De toda forma haverá uma "invasão" norte-americana no Brasil, durante a Copa.
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