No interesse em demonstrar os benefícios dos grandes eventos internacionais o Governo Federal, , contratou a FIPE - para estimar os impactos econômicos da Copa das Confederações da FIFA,
A FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, reune professores de economia da Faculdade de Economia e Adminstração - FEA da Universidade de São Paulo - USP, realizada no Brasil em junho de 2013 foi contratada pelo Ministério do Turismo para demonstrar os impactos econômicos do evento, o que - evidentemente - demonstrou resultados positivos, ainda que superestimados.
É inegável que houve ganhos, porém só são computadas as contas aditivas, sem a dedução das partes negativas.
O estudo adota o conceito de movimentação financeira o que é discutível em função dos multiplicados embutidos, sempre manipuláveis. Não há, no material publicado, os multiplicadores utilizados, tampouco a sua justificativa. Temos que nos valer dos elementos primários que seriam: investimentos públicos e privados nas seis cidades-sede: R$ 8,85 bilhões; gastos realizados pelo Comitê Organizador R$ 321 milhões e gastos dos turistas brasileiros e estrangeiros: R$ 482,3 milhões.
Os primeiros estariam envolvendo os gastos com a construção ou reforma dos estádios, que não seriam feitos agora se não fossem para sediar a Copa do Mundo de 2014, com antecipação com a Copa das Confederações. É um impacto efetivo, inteiramente financiados com recursos públicos, diretos ou mediante financiamento do BNDES, reforçado com recursos do Tesouro Nacional.
Diversamente do que foi anunciado, quando da aceitação pelo Brasil, como sede da Copa da FIFA de 2014, todos os estádios para a Copa das Confederações foram construidos ou reformados, predominantemente com recursos públicos e não com recursos privados. Tampouco houve o ingresso de capitais estrangeiros para financiar as construções.
Isso significa que, houve a destinação de recursos públicos para os estádios, em detrimento de outros investimentos, como para educação ou saúde.
Os investimentos na expansão hoteleira nas cidades-sede podem ser diretamente apropriadas às Copas, pois algumas não seriam feitas agora não fosse a perspectiva de um enorme fluxo de turistas adicionais nas cidades-sede. Algumas foram apenas antecipadas, pois seriam feitas mais à frente quando se efetivasse uma demanda maior. O setor, por segurança, tende a trabalhar para o atendimento de demandas reprimidas e não por antecipação.
Embora realizadas com financiamento privado, foram predominantemente de origem nacional, apesar de serem entregues a bandeiras internacionais. Essas não investem nos imóveis que ficam a cargo de investidores nacionais e os locam - até por contratos prévios - às operadoras internacionais. O investimento dessas, com recursos trazidos do exterior, está no mobiliário, uma parcela menor dos investimentos.
Em todo caso, movimentaram a produção da construção civil, assim como de setores industriais de mobiliário, têxtil e outros, criando valor a ser acrescido no PIB.
Nem todos os investimentos em mobilidade urbana estão vinculadas às necessidades de movimentação para os estádios ou mesmo dos aeroportos aos hotéis, onde se hospedaram ou hospedarão os turistas.
As Copas serviram de mote para a antecipação de obras essenciais para a mobilidade urbana das cidades-sede que só seriam realizadas mais tarde. A existência dos PAC asseguraria os recursos, para a maior parte das obras, com ou sem as Copas.
Foram poucas as obras de mobilidade urbana que não seriam realizadas não fossem para atender aos estádios da Copa ou às ligações aeroporto - polo
hoteleiro. Os poucos casos foram de Recife, com um estádio distante do centro histórico, do polo hoteleiro e do aeroporto, até em outro Municipio, e Fortaleza, também com estádio fora dos núcleos urbanos principais. As obras de Belo Horizonte já estavam em execução, antes mesmo da escolha da cidade para a Copa.
As ampliações dos aeroportos podem ser creditados diretamente à Copa, ainda que em alguns deles a demanda efetiva já vinha superando a capacidade média. As demoras e atrasos sucessivos da Infraero indicavam que era necessário um fato excepcional para acelerar as implantações das expansões. Esse foi a Copa do Mundo, porque para a Copa das Confederações nada foi concluido, mantendo-se os atrasos.
Qual foi a efetiva contribuição desses investimentos para a composição do PIB em 2013 e na variação de 2012 para 2013?
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