O derretimento do valor da Petrobras, no momento atual, decorre, acima de tudo, da incompetência gestional da Presidenta, por não tomar as decisões necessárias ou tomar as decisões equivocadas.
A partir do início deste malfadado ano de 2014, começaram a ser revelados erros ocorridos na gestão da Petrobras e malfeitos dentro dela, conduzidos pela alta direção.
No primeiro caso, emergiu a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, com a decisão homologada pelo Conselho de Administração, então presidida por Dilma Rousseff. Ela se defendeu alegando que havia sido levada a uma decisão equivocada, por conta de informações incompletas e falhas por parte dos diretores. Inacreditável, para uma dirigente centralizadora e meticulosa, que passa madrugadas lendo documentos oficiais: "explica, mas não justifica". Incompetência gerencial, encoberta com a alegação de que as críticas tinham cunho político.
Nesse caso, emergiu a suposição de um mau negócio, e perdas para a empresa. Houve a desconfiança de "mal feito", mas não havia provas de qualquer desvio de recursos. E não se aprofundou nessa questão.
Já, no segundo caso, a partir de suspeitas de lavagem de dinheiro puxou-se um fio que envolveu antigos dirigentes, empreiteiras e fornecedores. Os envolvidos já não estavam mais na empresa, não sendo, pois caso de demissão. A não ser no caso da SBM.
O que caberia à nova direção, que substituiu a anterior, comprometida com os mal-feitos, fazer? Cortar, interromper o processo. Rever os contratos. E apurar os prejuizos.
Aparentemente apenas interrompeu o processo nas novas contratações. Porém os contratos anteriores permaneceram intactos, com os valores superfaturados, com os contratado recebendo os valores, sem as mesmas obrigações de recolhimento das propinas. Não precisaram mais pagar, para poder receber. Tiveram ainda que manter compromissos com os antigos diretores e com os operadores, porém sem as ameaças e retaliações que aqueles praticavam.
Sem a revisão dos contratos a Petrobras não tem como apurar os sobrepreços. Basear-se em parâmetros é sempre discutível. Mas reduzidos os preços, pode-se imputar aos dirigentes que firmaram os contratos a responsabilidade sobre a parte já paga como valores maiores. Do ponto de vista do balanço, corrigir os valores dos investimentos, para efeito de incorporação nos ativos fixos e separar uma provisão de ressarcimento.
É isso que, supostamente, exige a auditora para firmar o seu relatório sobre as contas da empresa.
Não fazendo isso, atrasa a publicação do balanço oficial e compromete a imagem da companhia.
A direção atual da Petrobras pode não estar envolvida com os malfeitos, porém a sua atuação, no sentido de preservar a empresa, teve efeitos contrários.
A presidente, juntamente com a sua diretoria quer sair logo, para que uma nova direção faça o que ela não quis fazer: para atender à Presidenta da República, então em campanha eleitoral e depois de vencida a eleição, por tibieza.
Graciosa já pediu para sair. Mas como soldado fiel mantém no posto até que chegue o substituto. Transferiu o problema para a sua amiga Presidenta.
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