A sua defesa dos políticos pode não valer nada. Quando muito ele reforçaria as acusações contra os políticos que já estão incriminados em outras listas. A esta altura dos acontecimentos ao Governo só interessa a incriminação de um deputado: Eduardo Cunha.
Aparentemente, a sua prisão não tem objetivo de levantar mais informações acerca do que já é sabido. O que interessa ao Grupo de Trabalho conjunto da PF, MPF e Justiça Federal é forçar uma delação premiada. Mas Cerveró é resistente e, não vai ceder. Por ele parece não ser o caminho para chegar a Graça Foster e Dilma.
Apesar de todo o esforço - não se sabe bem de quem? - para abafar o processo da compra da refinaria de Pasadena, o processo virá à tona. Puxada pelos norte-americanos. Pelos acionistas norte-americanos da Petrobrás, que estão vendo as suas aplicações "virarem pó".
O TCU já apurou o que seriam as perdas com a operação Pasadena. A CGU também, com pequena diferença. A Price, auditora da Petrobras quer saber o valor real para a correção do balanço. Outras avaliações estão em andamento ou serão feitas para apurar qual foi o prejuizo dos acionistas com o mau negócio.
Foi apenas um mau negócio determinando perdas para a empresa e seus acionistas? Ou foi um bom negócio para aqueles que se apropriaram das diferenças? E não foi só o abutre belga. Será apurado? Por quem? Cerveró sabe mas não vai dizer.
O Governo, até agora, conseguiu abafar essa segunda parte, deixando que prevaleça a suposição de que foi apenas um mau negócio. Tinha argumentos para defesa que desmoronaram com a queda dos preços do petróleo. Mas até quando vai conseguir manter as fechadas as entranhas dessa obscura operação? Quem ficou com as diferenças? Não haverá grandes surpresas. E não ter surpresas é o grande problema: Lembre-se de Casablanca: "prendam os suspeitos de sempre".
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