segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Acabou a impunidade?

Marcos Valério, um declarado operador, da mesma forma que o suposto chefe da quadrilha que operou o "mensalão", José Dirceu, estão presos. Junto com eles foram presos cúmplices e também laranjas e descuidados que não perceberam a trama em que estavam sendo envolvidos. Para eles eram operações usuais "que todo mundo fazia". Katia Rabello, uma bailarina  clássica  de profissão, banqueira por acidente (em termos literais), por ser herdeira despreparada,  vai passar uma boa parte da sua vida (que não será tão  boa) na cadeia: "pobre menina rica"!
José Genoino assinou desavisadamente um "papagaio" porque era a sua função, como presidente do PT. Vai pagar institucionalmente e não pessoalmente. A sua condenação é do partido, não dele, 
Os "descuidados" terão que tomar mais cuidado, para não serem envolvidos nas tramas.
Será o fim da impunidade dos poderosos? Provavelmente não, apesar dos milhões gastos com os mais renomados e custosos advogados criminalistas do país. Nem Márcio Thomaz Bastos conseguiu livrar o seu cliente da cadeia, promovida por um Barbosa.
Até o dia 14 de novembro de 2013, 994º ano da República, o risco dos corruptos era econômico, além da imagem. Essa podia ficar arranhada, mas com o pagamento de polpudos honorários dos melhores advogados, podia se livrar das condenações.
Duas máximas dominavam o "império da corrupção": "se for roubar, roube muito", reservando o dinheiro para pagar os advogados, porque "quem tem bom advogado não vai para a cadeia".
Em 15 de novembro de 2013, dia em que para muitos é apenas mais um "feriadão", mas quando se inicia o nona centésimo, nonagésimo quinto ano da República Brasileira, mediante a proclamação de um Barbosa, de restauração da ordem e práticas republicanas, os poderosos, apesar de terem os melhores e mais caros advogados, foram para a cadeia.

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