O principal suporte econômico de Brasilia é a administração pública que, no conjunto, produz a maior parte do PIB distrital e gera uma massa salarial que produz o "consumo familiar" o qual, por sua vez, movimenta o setor comercial e de serviços.
Aparentemente o setor de serviços é o que susenta a economia brasiliense, porém não é um movimento primário. Se a administração pública reduzir drasticamente os seus gastos com pessoal, a economia brasiliense entra em colapso.
Portanto, o futuro de Brasília está visceralmente dependente da evolução futura dos gastos da Administração Pública federal, que capta recursos de todo o país e gasta uma grande parte na Capital Federal.
A massa salarial vai movimentar o comércio local e os serviços às famílias, gerando a impressão de que são os principais segmentos econômicos de Brasilia. São, mas dependentes da fonte primária que são os gastos locais da Administração Pública federal.
Essa vem ampliando significativamente os seus quadros, nestes últimos 25 anos, após a promulgação da Constituição Federal, que concentrou os poderes e a arrecadação na União, além da melhoria de remuneração, ampliando a massa salarial o que explica o melhor PIB percapita brasileiro.
O ingresso é por concurso público o que atrai gente de todo o país. Os que passam vem morar em Brasilia e já não encontram local para residir dentro do Plano Piloto, pela falta de disponibilidade e elevados preços dos poucos ainda comercializados. A sua opção é ir para as cidades satélites, novas "cidades" que o mercado imobiliário oferece.
Esses novos integrantes, muito deles com elevada remuneração, seriam a principal demanda dos empreendimentos verticalizados, em Águas Claras, execrada pelos moradores tradicionais do Plano Piloto.
Por outro lado, a Administração Pública continua se instalando e se expandindo dentro do Plano Piloto, seja superocupando a Esplanda dos Ministérios, como dentro dos polos comerciais. Ou seja, o local de trabalho desses novos servidores continua sendo no plano piloto, para o qual precisam se deslocar diariamente. E o fazem de carro.
Haveria possibilidade deles deixarem o carro e se deslocar por meio coletivo
Só se pudessem contar com um sistema "porta a porta". O unico sistema com essa condição seria um metrô cruzando toda a Esplanada dos Ministérios. Um VLT, de superificie poderia ainda ser uma alternativa, mas a solução mais imediata seria o ônibus fretado, com uma grande frota.
Solução tecnicamente viável, mas com grandes resistências do "status quo".
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