quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alguma coisa não fecha

A teoria da conspiração nunca acredita no que é mostrado e busca explicações fantasiosas para as supostas evidências, quando nem tudo se encaixa.
No caso da morte do cinegrafista Sebastião Andrade, causado por um artefato pirotécnico, os dois suspeitos de terem manuseado e acendido aquele estão presos.
Com relação ao primeiro há uma certa consistência de pessoa e personalidade. Jovem, magro, da familia pobre remediada, que se autointitula tatuador, mas pertenceria efetivamente do grupo dos nem-nem (nem estuda, nem trabalha). Seria um revoltado e admirador dos black-blocs, mas não um deles. Amedrontado, não parece estar disposto a qualquer ação violenta, mesmo em grupo. Mas seria capaz de suprir munição para um block-bloc disposto a uma ação violenta. 
Teria entregue o artefato ao outro e ficado parado para ver o que iria acontecer. Ele aparece nas fotos, com uma camisa ou lenço no rosto, parado, enquanto o outro foge, aparentemente com um lenço preto na cabeça. Há, no entanto, um pequeno detalhe ainda não explicado: um chapéu.


Raposo seria, nos termos atuais, apenas um "seguidor". O que emergiu, no entanto, foi a denúncia ou suspeita de que não o seria por mera admiração, mas por receber ajuda de custo, seja para a locomoção até o local das manifestações, como para participar das mesmas. Seria aliciado.

Já o segundo suspeito teria dupla personalidade. Seria tranquilo e simpático na vida cotidiana e agressivo e violento, quando em grupo. A figura dele preso não condiz com as fotos dele em ação na Central do Brasil.


O que não bate é a sua compleição física, em ação, típica de um jovem bem nutrido, desde a infância, e não de alguém pertencente a uma família miserável, como a triste figura de sua mãe, entrevistada pela televisão. 

O rapaz preso, em Feira de Santana, de óculos, acuado, faminto e sem dinheiro não seria um autêntico black-bloc, mas um jovem pobre aliciado, mediante retribuição financeira, por uma organização criminosa. Que ameaçaria a quem a denunciasse. Black-bloc não seria uma manifestação espontânea, reunindo gente que não se conhece, com uma revolta comum, que não segue uma entidade mas um movimento organizado, profissional. 

Quem os estariam financiando e promovendo? Com que objetivos?

O que vai acontecer na sequência?

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