As pessoas da classe D são cativas do transporte coletivo, não por opção, mas por ser a única forma de se locomover a grandes distâncias. Para curtas distâncias a sua alternativa de deslocamento é a pé.
Não tem recursos para comprar um carrinho, tampouco para custear a sua utilização.
Quando empregados ganham o vale transporte, para locomoção por meio coletivo.
São poucas as condições para sair do meio coletivo para o individual e as medidas no sistema ônibus, melhoram as condições de deslocamento desses usuários.
Com a ascensão para a classe C, formando a classe média emergente um dos seus maiores objeto de desejo é um carro próprio. Para alguns o carro próprio é mais importante do que a casa própria. Para a moradia ele tem a alternativa do aluguel, para o carro não.
A viablidade de adquirir um carro próprio decorre da dinâmica do mercado automobilístico que repassa sucessivamente os semi-usados, com sucessivas desvalorizações, chegando a preços acessíveis para sua compra. A facilitação está mais no preço do que no financiamento. Esse facilita a ocorrência dos usados.
As montadoras estão lançando subcompactos, com redução de preços, para facilitar a compra do que chamam de veículo de entrada. Ou seja, o primeiro carro.
Talvez não seja. O primeiro carro, a menos dos jovens ainda sem carro, é um semi-usado, ou semi-novo como anunciam os vendedores. Então o subcompacto zero quilômetro, já seria uma primeira renovação, uma graduação ("up grade").
A classe média emergente é a principal responsável pelo aumento da frota, porém não - necessariamente - da sua circulação.
Em função dos altos custos operacionais eles adquirem o carro mas não o utilizam diariamente.
Mas se apesar do estoque da frota aumentar, o volume de veículos em circulação não aumenta na mesma proporção, porque os congestionamentos são cada vez maiores?
Estariam mesmo aumentando? Ou seria uma sensação coletiva em função do aumento do estoque da frota?
A classe média tradicional que já tem o carro a mais tempo verbera contra os emergentes, a partir dos números divulgados de aumento da frota, apesar de não serem confiáveis.
Em períodos longos houve efetivamente um crescimento dos congestionamentos. Porém a última grande medição, em São Paulo, é de 2007. O que ocorreu nestes últimos seis anos?
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