O Governo Federal assumiu inteira defesa da Copa 2014, mantendo o seu otimismo e prometendo a "Copa das Copas".
Uma parte da sociedade se posiciona contra, alguns contra os gastos com a Copa, outros contra a Copa mesmo. São os mais radicais para os quais "não vai ter Copa".
Como fica a oposição ao Governo diante desse quadro?
A sua dificuldade é que está profundamente envolvida com os gastos com a Copa.
Todos os estádios públicos foram investidos ou promovidos pelos Governos Estaduais. Das doze, apenas três são privadas, mas estão envolvidas com Governos, sendo que a mais problemática - a de Curitiba - envolve o então Prefeito e agora Governador Beto Richa do PSDB. Assumiu compromissos para levar jogos para Curitiba. Não pode ser inteiramente contra.
Dois dos principais estádios para a Copa foram construidos mediante parceria público-privadas, em condições desfavoráveis aos Governos Estaduais. Esses assumiriam inteiramente os riscos da demanda e pagarão uma contraprestação mensal fixa para a concessionária, sem qualquer benefício decorrente das rendas dos jogos. Isso porque as contraprestações foram fixadas segundo valores otimistas e irrealistas, de tal forma que não se alcançará o níveis que gerariam benefícios ao Governo Estadual.
Podem se posicionar contra a escolha de 12 cidades e construção de 12 cidades, quando eram essenciais apenas 8, que com as reservas comportariam 10 estádios e nunca 12. Podem dizer que os de Manaus e Cuiabá não eram necessários, podendo ganhar a antipatia dos eleitores dessas cidades. Esses estão divididos. O Prefeito de Manaus é um dos líderes tucanos e defensor da Copa.
As críticas aos atrasos nas obras de infraestrutura poderão ser um "tiro no pé" porque a responsabilidade é dos Governos Estaduais. E não adianta por a culpa na Caixa Econômica Federal.
O ponto vulnerável que afeta o Governo Federal, sem manchar os Estaduais e Municipais, é o dos atrasos nas obras dos aeroportos.
O dilema não será fácil de resolver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário