terça-feira, 28 de abril de 2015

O Brasil sob um governo "pato manco"

Em artigo anterior concluimos, a nosso ver, que o cenário mais provável do mandato de Dilma II é o do "pato manco", ou seja de um governo enfraquecido, sem capacidade de governo. Ou seja, um governo sem capacidade de dar respostas aos desafios externos (a ele) ou de impor as suas vontades e propósitos.

Dentro desse cenário básico, podemos desenhar alguns sub-cenários, dois com o exercício completo do mandato e um com a interrupção dentro desse período.

  • recuperação parcial;
  • final melancólico;
  • interrupção.
Em nenhum dos casos foi considerado, neste artigo, o cenário "virada", que analisaremos em outro momento. 

Já a interrupção levaria ao cenário "Dilma fora", o que também será tratado em outro artigo.

Cenário Recuperação parcial

Apesar das dificuldades Levy consegue alcançar as metas de geração do superavit primário, com a correção das pedaladas ocorridas ao longo do primeiro mandato e eliminação dos subsídios públicos. 

Juntamente com o superavit primário do setor publico, o país fica dentro da meta de inflação, restabelecendo o reequilíbrio monetário, sem perda do grau de investimento.

No entanto, diante das resistências, os avanços serão persistentes, porém demorados, alcançando o superavit primário só a partir de 2017 e a meta de inflação só em 2018. (no cenário da virada, as metas seriam alcançadas antes).

O custo desse ajuste seria uma recessão prolongada, com a economia, como um todo, medida pelo PIB, estagnada.

O desemprego sobre, a insatisfação também, mantendo elevados os índices de desaprovação da Presidente, porém sem levar à interrupção do seu mandato. Estará sob pressão permanente, porém resistindo no seu posto.

Com o alcance das metas ainda em 2017, o Governo, diante das eleições presidenciais de 2018, voltaria a apelar para as "pedaladas" (sem Levy), mas com forte contestação.

Porém, como ex-guerrilheira, "coração valente" não se entregaria, resistindo até o fim.

As expectativas da sociedade se voltariam para as eleições de 2018, com a esperança de um novo Governo capaz de retomar o crescimento econômico.


Final melancólico

Os primeiros anos seriam semelhantes ao do anterior, mas os resultados demorariam mais ainda.

Interrupção

Seja por impeachment ou por cassação, ela não cumpriria todo o mandato.









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