terça-feira, 14 de abril de 2015

Um pais de classe média

O grande objetivo da Presidente Dilma Rousseff é transformar o Brasil num país de classe média. 

As ações e discursos dela indicavam esse propósito, agora reiterada com todas as letras, num pronunciamento feito no Panamá, dentro do Foro Empresarial, na Cúpula das Américas. Para mostrar que ela mudou os rumos, para fazer o ajuste fiscal, mas para chegar aos mesmos objetivos a que se propôs, desde que assumiu o Governo.

Mas me perguntam: o que é um país de classe média? O que é classe média? Quem e porque podem ser consideradas como de classe média?

Simplificadamente poderiamos dizer que é um pais onde a maioria da população nem é rica, nem é pobre. Seria dentro do possível um país sem miseráveis e com uma pequena parcela de pobres, por opção. Não seria um país de predominância de ricos, por ainda não ter alcançado tal patamar.

Não haveria miseráveis, nem famintos, porque o bolsa-família distribuida pelo Governo supriria as condições mínimas de alimentação e sobrevivência. O patamar mínimo seria de pobres, até chegar a uma linha divisória de renda para ser considerado rico. O classe média não é definido pela sua caracteristica intrínseca, mas por não ser uma coisa nem outra. Ou seja, se não é pobre, nem rico é classe média.

A renda não é o único definidor da classe, mas é o indicador principal. Fora da linha divisora haveria exceções. Há vários critérios e definições dessas linhas o que nos permite considerar uma própria.

A linha da pobreza individual seria o correspondente a um salario mínimo e a 3 no conjunto familiar. Então um chefe de família, com renda pessoal equivalente a 3,1 salários mínimos já não seria pobre, mas ao sustentar uma família de mais de 4 integrantes voltaria à condição de pobreza, por conta do valor da renda mensal per-capita: mais uma construção estatística.

Na outra ponta podemos considerar o patamar de 21 salários mínimos (uma determinação aleatória e impressionista) de renda familiar para ser considerada rica. A média por pessoa, considerando denominador de 3 pessoas seria de 7 salarios mínimos, algo em torno de R$ 5.000,00 per capita.

Admitindo esse patamar uma pessoa com uma renda mensal equivalente a 20 sm cerca de $15.000,00 seria rica,  mas sustentando uma familia com pelo menos 3 pessoas ficaria na categoria de classe média.

Mas a renda não seria o único fator determinador ou indicador da classe, devendo ser consideradas a posse de bens, aspirações, estilo de vida e valores culturais.

Entre os valores culturais talvez o principal diferenciador seja a dependência do Estado. Os pobres creditam a sua condição de sobrevivência ou melhoria de vida ao Governo, personificado pelas autoridades.  Os classe média creditam a sua melhoria de renda e/ou condição de vida ao seu esforço pessoal. 


Entendem que aquelas possam ser decorrentes de oportunidades geradas pelo Estado, mas o aproveitamento dessas é por opção pessoal. Principalmente na educação. 


Os pobres esperam pelas benesses do Estado, ou cada vez mais de Deus e de Jesus. E só saem em massa nas ruas para seguir as marchas evangélicas, reunindo muito mais gente do que as manifestações políticas da classe média.

Os classe média tradicionais cobram do Estado e vão à luta para conquistar os seus "direitos". Agora saem também em massa às ruas, mas sem a adesão da nova classe média. Mas com a adesão dos ricos, da elite.








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