Dos resultados apresentados deduz-se que:
- os ativos incorporados pela Petrobras como resultado das contratações superfaturadas a partir de 2007 para o pagamento de propinas, tiveram que ser reduzidos em R$ 6 bilhões, em função do percentual identificado pela Operação Lava-Jato.
- Com a apuração das responsabilidades os beneficiários terão que devolver os valores, com a ocorrência de algumas questões:
- os beneficiários da "casa" irão devolver o que receberam ilegalmente, sendo que alguns já colocaram os valores à disposição da Justiça, e a Petrobras irá receber parte. Não receberá o todo porque a Justiça aplica severas multas e quer recebê-las antes do ressarcimento das vítimas. O patrimônio dos condenados não será suficiente para ambas as contas.
- os operadores ou intermediários também devolverão.
- os politicos que receberam "por fora" também, mas
- os partidos que receberam doações legais talvez não.
- a Petrobras reservou uma estimativa das perdas com as propinas, mas os valores definitivos só poderão ser contabilizados com a sua apuração definitiva, com a corresponde obrigação do beneficiário da sua devolução.
- o valor das supostas propinas está vinculado a dois elementos: o quanto os beneficiários receberam e terão que ressarcir e quanto os fornecedores faturaram a mais, para gerar os fundos para as propinas. Só serão determinados por confissão.
O balanço divulgado reflete o ocorrido em 2014. Configura os erros cometidos, mas regulariza a demonstração das contas.
As pendências são de natureza policial-judicial e política. Contábil e empresarialmente é etapa cumprida.
A partir daqui o mais importante para a empresa e para o pais é avaliar se a Petrobras terá condições de reverter esses prejuízos. Dentro das circunstâncias atuais e previsíveis a curto prazo sim.
A médio prazo, dependerá de como o governo irá conduzir a política do petróleo.
A médio prazo, dependerá de como o governo irá conduzir a política do petróleo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário