quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A grande feira de Davos

O Fórum Econômico Mundial, em Davos, tornou-se a maior feira de exposições de investimentos, onde Governos montam os seus estandes e apresentam os seus discursos e power points, com as oportunidades de investimentos em seus países ou estados para atrair banqueiros, gestores de fundos, empresários capitalizados.
O Brasil nem sempre se dedicou a esse mister, com alguns governos até contra o maior ingresso de capitais estrangeiros, com o lema "O Brasil não está à venda!"
Jair Bolsonaro faz parte dessa turma nacionalista, com grande penetração nas hostes militares. 
No entanto, diante da restrição de recursos públicos para investimentos, foi instado por Paulo Guedes a ir a Davos, logo no início de seu mandato, para vender as oportunidades de investimentos no Brasil. Foi um desastre.
Decidiu nem ir em 2020 para não passar por novo vexame, mas autorizou Guedes a "vender o Brasil".
Dória, um profissional da área de eventos, não quer perder a oportunidade de ser expositor e "vender São Paulo".
O outro lado, no entanto, não quer "comprar Brasil", porque não fica bem. Comentamos no ano passado que a principal oposição que o investidor enfrentaria seria em casa: com os filhos e netos. Muitos debocharam.
Greta Thunberg representa os filhos e netos adolescentes dos investidores, para pedir aos pais e avós a responsabilidade com o meio ambiente. Ganhou repercussão mundial e a piralha é o principal empecilho para os investimentos "ocidentais". Só os chineses não "dão bola".
Não por outro motivo e momento, Jair Bolsonaro, contrariando um dos seus principais grupos de apoio, resolveu por em prática uma Política Nacional de Segurança Ambiental, anunciando a criação de uma Força Nacional Ambiental e Conselho da Amazônia, entregando o comando ao seu Vice-Presidente General Hamilton Mourão. Para a mídia brasileira é assunto de menor importância. A indicação de Regina Duarte para a Cultura tem maior repercussão. Nem deve atravessar o oceano para chegar a Davos. Mas junto aos grileiros, desmatadores e outros responsáveis diretos pela depredação da floresta amazônica, será considerado um traidor, podendo perder o apoio deles.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...