As contas agregadas em nível nacional não são significativas, a menos para a Justiça Eleitoral, para a qual o número de candidatos eleva os seus custos. As eleições de 2020 são municipais e cada eleitor com domicílio eleitoral num município só pode votar no candidato igualmente domiciliado no mesmo município. Será uma eleição altamente fragmentada dentro de mais de 6.000 municípios, de diferentes tamanhos. Não será uma eleição nacional, como a presidencial, nem mesmo estadual como a de deputados federais, embora essa seja a de maior impacto sobre as eleições municipais.
A enorme desigualdade do número de eleitores por município, faz com que qualquer análise nacional com base em municípios maiores não faça sentido. Por exemplo, não se pode avaliar as perspectivas das eleições de 2020, a partir do que pode ocorrer no Município de São Paulo. Em 2020 São Paulo será um mundo a parte.
Portanto, toda análise subsequente desconsidera o Município de São Paulo, embora seja difícil alienar-se completamente de São Paulo, estando nela.
As razões para um grande número de candidatos a Prefeitos são diferentes das razões para o número de candidatos à vereadores.
As razões, por outro lado, devem ser separadas segundo a iniciativa dos partidos daquelas pessoais dos candidatos.
Os partidos tem interesse em lançar candidatos a Prefeitos, com um ou mais objetivos:
- disputar a eleição, com um candidato competitivo, para ocupar o espaço do poder municipal, seja para o exercício do poder ou estabelecer base para as eleições de 2022;
- preparar ou testar candidato para as eleições legislativas de 2022;
- ter presença na mídia e, se possível, nos debates, para ajudar na eleição de vereadores do partido e formar bancadas locais com potencial de protagonismo;
- alcançar números significativos de prefeitos e vereadores, para efeito de imagem e psicológico ainda que tenham pouca influência política real.
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